Mateus 10.22 "Sereis odiados de todos por causa do meu nome" Mateus 5.10 “Bem-aventurados os perseguidos porcausa da justiça
KONIGSTEIN, 17 Set. 09 / 12:57 pm (ACI).- Robert Fanish, o jovem cristão de 19 anos que tinha sido injustamente encarcerado depois da violência que levou a extremistas islâmicos na província de Punjab (Paquistão) a incendiar uma igreja católica, foi assassinado na prisão onde se encontrava.
Os bispos deste país e um grupo protestante solicitaram ao governo uma investigação pública deste fato.
A família Fanish foi tomada por surpresa quando o cadáver do moço, com diversos golpes no torso e nos braços, foi tirado do cárcere esta terça-feira.
O funeral, que logo se converteu em protesta e que foi disperso pela polícia local, reuniu a umas três mil pessoas que chegaram a se despedir deste jovem que sofreu as conseqüências dos atos de uma mulher muçulmana, que se opunha à relação que ele sustentava com sua filha.
Em represália e valendo-se da chamada lei anti-blasfêmia, a mãe teria rasgado umas folhas do Corão –que se paga com cadeia perpétua– para jogá-las na porta da casa do jovem gerando assim as agressões dos extremistas que incendiaram uma igreja católica. Depois destes fatos, Robert tinha sido encarcerado.
Em declarações à organização internacional católica Ajuda à Igreja Necessitada (AIN), o Pe. Andrew Nisari, Vigário Geral da Arquidiocese de Lahore, à cuja jurisdição pertence a zona onde ocorreram os fatos, assinalou que "cada um de nós está furioso pelo que aconteceu com Robert".
"Para nós está claro além que a polícia tem feito 'justiça' com suas próprias mãos e o mataram", denunciou.
O sacerdote também explicou que a situação dos cristãos no Paquistão "está cada vez pior. Há uma onda de intranqüilidade em todo o país em que as pessoas estão usando cada oportunidade que têm para pressionar os cristãos".
O Pe. Nisari disse ademais que a Comissão Nacional Católica de Justiça e Paz, com sede em Lahore, também exigiu ao governo uma investigação pública do assassinato.
AIN explica em sua nota que está colaborando nos esforços por reverter a lei anti-blasfêmia.
OUTRA FONTE
SIALKOT, quarta-feira, 16 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Cerca de dois mil cristãos saíram às ruas nesta terça-feira em Sialkot, Lahore e outras cidades da província de Panyab, no Paquistão, para protestar contra a morte de um jovem católico falecido na prisão de Sialkot, onde se encontrava por ter sido acusado de blasfêmia contra o Islã.
O corpo sem vida de Fanish Robert, 24 anos, foi encontrado nesta terça-feira pela manhã em sua cela.
A polícia afirma que ele se enforcou, mas cristãos e ativistas de direitos humanos asseguram que as autoridades o torturaram e o mataram.
Familiares do falecido denunciaram que o corpo de Robert tinha marcas de tortura e costelas quebradas. A diretora regional do Ministro de Direitos Humanos, Arshad Mahmood Malik, declarou à agência UCA News que o caso é suspeito.
O jovem fora detido em 11 de setembro passado em Jethki, no distrito de Sialkot, acusado de jogar parte de um Alcorão em uma valeta.
O jovem fora detido em 11 de setembro passado em Jethki, no distrito de Sialkot, acusado de jogar parte de um Alcorão em uma valeta.
A organização Ajuda à Igreja que Sofre informou que Robert havia iniciado, com uma colega de colégio muçulmana de 18 anos, uma relação especial que enfureceu os pais da moça.
A mãe, de acordo com os religiosos, teria arrancado uma página que continha versículos do Alcorão e a havia jogado na frente da casa do jovem.
A mãe, de acordo com os religiosos, teria arrancado uma página que continha versículos do Alcorão e a havia jogado na frente da casa do jovem.
Este amor proibido entre adolescentes provocou também, nesse mesmo dia 11 de setembro, que o grupo de fanáticos queimasse e profanasse a igreja do Calvário, em Jethki (que ainda permanece fechada), devastasse a localidade e obrigasse os cristãos a abandonar a área.
A Comissão Nacional para a Justiça e a Paz da Conferência Episcopal do Paquistão denunciou os fatos e apontou as leis sobre a blasfêmia como parte do problema.
“Pedimos uma investigação confiável” para este “caso de assassinato”, assinala um comunicado da Comissão. “Nós o consideramos uma falha do governo provincial de Panyab e do governo federal”, acrescenta.
As leis sobre a blasfêmia foram introduzidas no Paquistão em 1986, sob um governo dirigido por militares.
Baseiam-se no artigo 295B do Código Penal, segundo o qual a profanação do Alcorão comporta uma pena que pode chegar a ser de prisão ou inclusive de morte.
Os bispos indicam que, “para as minorias religiosas, essas leis demonstraram ser uma catástrofe que pode surgir em qualquer momento e lugar”.
Os bispos indicam que, “para as minorias religiosas, essas leis demonstraram ser uma catástrofe que pode surgir em qualquer momento e lugar”.
Esta Comissão dos bispos católicos do Paquistão convocou recentemente um pedido popular e está recolhendo assinaturas para pedir ao governo a abolição dessa lei, com frequência utilizada para atacar as minorias religiosas como cristãos e ahmadi, segundo a agência Fides.
O presidente do país, Pervez Musharraf, tentou reformar a lei no ano 2000, mas não conseguiu devido às pressões de grupos fundamentalistas e dos partidos religiosos.
As associações pelos direitos humanos denunciaram que as condições das minorias cristãs pioraram nos últimos meses e que existe um difundido costume de utilizar a lei sobre a blasfêmia de modo instrumental.
Segundo dados recolhidos pela Comissão Justiça e Paz, o abuso desta lei priva numerosas pessoas inocentes de sua liberdade e põe em risco muitas vidas.
Há algumas semanas, dez católicos foram assassinados na cidade de Gorja, também em Panyab, e na aldeia próxima de Korian.
Uma multidão de muçulmanos destroçou e saqueou 113 casas de cristãos e causou destruição em quatro igrejas protestantes destas áreas.
Em janeiro, uma igreja católica na aldeia de Kot Lakha Singh, de Panyab, também foi atacada.
De 1986 a 2009, 964 pessoas foram acusadas de blasfêmia, e em muitos casos o tribunal decretou que as acusações eram falsas e infundadas.
De 1986 a 2009, 964 pessoas foram acusadas de blasfêmia, e em muitos casos o tribunal decretou que as acusações eram falsas e infundadas.
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