Presidente da Assembleia da ONU defende fortalecer "império da lei"

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Nações Unidas, 23 set (EFE).- O novo presidente da Assembleia Geral da ONU, o líbio Ali Treki, pediu hoje na abertura dos debates do 64º período de sessões do organismo para fortalecer o "império da lei" na esfera das relações internacionais.

O ex-ministro de Exteriores da Líbia colocou, em seu discurso, uma ambiciosa agenda de reformas destinadas a dar mais relevância à Assembleia Geral da ONU e apostar em um enfoque multilateral para resolver as graves crises enfrentadas pela comunidade internacional.

"Fortalecer o império da lei na esfera internacional requer uma visão compartilhada e, para mim, essa visão é a de um sistema internacional no qual o exercício do poder, não só por parte dos Estados, mas também por esta organização, está sujeito ao direito", afirmou.

Treki disse que a Assembleia Geral é o "centro universal para estabelecer os padrões nos vários campos do direito internacional", e defendeu colocar "a crença comum na dignidade do ser humano" como pilar do sistema multilateral.

Além disso, advertiu que as normas ficam no papel se não se exige responsabilidades aos que violam o direito internacional.

"Nossa visão deve girar ao redor de um sistema internacional integrado por Estados, esta organização e outros atores que respondem ao império da lei, o que corresponde à aspiração à justiça e aos direitos humanos universais", disse.

O ex-ministro líbio reiterou que a comunidade internacional "aprendeu que a única maneira de abordar as múltiplas crises e as ameaças transnacionais ao mundo é através da cooperação".

"As Nações Unidas são a encarnação do multilateralismo e, portanto, é o fórum mais legítimo para garantir uma ação coordenada global", ressaltou Treki, que substitui no cargo o nicaraguense Miguel D'Escoto.

Afirmou que a Assembleia Geral abordará durante sua nova sessão anual assuntos como o impacto da crise nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o fortalecimento das operações de paz e a elaboração de um novo tratado global para combater a mudança climática.

Também mencionou o histórico conflito entre israelenses e palestinos, um dos assuntos mais antigos na agenda da Assembleia Geral.

"Todo mundo se deu conta de que a deterioração das condições nos territórios ocupados é insustentável, e que é preciso urgentemente uma resolução duradoura e integral", afirmou.

Treki, que também foi embaixador perante a ONU e encarregado das relações de seu país com a União Africana (UA), foi eleito presidente em 10 de junho pelos 192 países-membros da Assembleia

Fonte:UOL

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