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Três tremores em 15 dias levam japoneses a aumentarem preparativos para o ‘Grande Terremoto’
TÓQUIO - Crianças brincando sozinhas nos parquinhos da cidade, bicicletas estacionadas sem cadeado nas ruas, lojas e restaurantes cheios e dados econômicos indicando que o Japão começa a sair da recessão. O verão em Tóquio é tranquilo e, aparentemente, seguro, não fosse por um problema: a terra anda tremendo mais do que deveria. Em 15 dias foram registrados três tremores no país - dois deles fortemente sentidos na capital, que tem a maior concentração urbana do mundo. Os últimos sismos voltaram a fazer o país discutir os preparativos para um terremoto de proporções catastróficas, mostra reportagem da correspondente Cláudia Sarmento, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO. Trata-se de um velho fantasma que ganha formas mais concretas cada vez que o solo japonês balança .Especialistas afirmam que um grande terremoto no Japão é questão de tempo. Cientistas declararam nos últimos dias que a recente atividade sísmica poderia indicar que o tremor esperado desde a década de 70 está próximo. A Agência Meteorológica do Japão (AMJ), órgão que monitora a possibilidade de desastres naturais, desmente a existência de provas científicas sobre a iminência de um abalo devastador, mas confirma a alta probabilidade de que isso possa ocorrer nos próximos anos. O desastre já tem nome: Terremoto Tokai, uma referência à área a sudoeste de Tóquio que seria atingida em cheio.
” Você se acostuma a viver com esse medo e quanto mais o tempo passa, mais você sabe que o desastre está perto “________________________________________- Você se acostuma a viver com esse medo e quanto mais o tempo passa, mais você sabe que o desastre está perto - diz Louise Ikeda, moradora de Tóquio cujo pai sobreviveu ao terremoto de Kobe, em 1995. - Aprendi a incorporar cuidados no meu dia-a-dia.Ela tem em casa um kit terremoto para cada membro da família, não pendura quadros sobre a cama e instalou aparelhos de ar-condicionado em lugares seguros, ou seja, onde possam despencar sem atingir ninguém. Louise tem também chinelos embaixo do colchão, uma lição que aprendeu com o pai, que foi apanhado quando dormia pelo terremoto que matou 6.400 pessoas. Pulou da cama descalço e conseguiu saltar da janela do segundo andar, caminhando sobre estilhaços. Perdeu tudo. A tragédia de Kobe acelerou as construções de casas e edifícios resistentes a tremores - uma tecnologia avançada no Japão, e que poderia ter salvado muitas vidas em Sichuan, na China, no ano passado.Sites do governo falam em 87% de chance de um violento terremoto sacudir a região de Tokai nos próximos 30 anos - previsão revista anualmente. Segundo as estimativas, a intensidade seria de oito pontos, mais de nove mil pessoas morreriam e os prejuízos à segunda economia do mundo chegariam a US$ 386 bilhões. A responsável pela catástrofe seria a falha de Nankai, que se movimenta produzindo grandes tremores a cada 118 anos. O último na área, com magnitude de 8,4, pontos na escala Richter foi em 1854. Cada tremor mais intenso é visto como um ensaio para o Tokai, ou o Grande Terremoto, como os japoneses se referem a ele. No último dia 11, a província de Shizuoka, onde vivem 50 mil brasileiros, enfrentou o teste. A terra tremeu (6,4 pontos), matou uma pessoa, feriu 123 e danificou 5.200 construções.
EUA fizeram maior simulação de terremoto da história:
Moradores do sul do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, vão participar, nesta quinta-feira, de uma simulação de terremoto que será, segundo seus organizadores, a maior já feita no país.
Cerca de cinco milhões de pessoas vão estar envolvidas no exercício, que está sendo chamado de The Great Southern California Shake-out (a grande sacudida do sul da Califórnia, em tradução livre).
A simulação, que tem início às 10h no horário local (16h em Brasília), está sendo baseada na hipótese de um terremoto de magnitude 7.8 na escala Richter atingir a região de San Andreas Fault, no sul do Estado.
Escolas, hospitais e empresas estão participando, assim como equipes de resgate.
Emissoras de rádio locais e alto falantes nas escolas vão tocar gravações anunciando que a simulação está acontecendo.
“Se este fosse o terremoto de magnitude 7.8 para o qual estamos nos preparando hoje, você estaria sofrendo solavancos repentinos e intensos de até 1,8 m por segundo, para frente e para trás”, diz a gravação.
“O piso, ou o solo, embaixo de você, pode se mover para os lados. Por isso, você precisa se jogar no chão, se cobrir e agüentar firme. Qualquer objeto em torno de você que não esteja fixo vai tombar, cair ou sair voando - potencialmente provocando ferimentos sérios”.
As pessoas estão sendo aconselhadas a não tentar se mover ou correr em busca de abrigo - situações em que há maior chance de serem feridas.
Segundo os organizadores, 300 cientistas trabalharam juntos para tentar criar um cenário imaginário para a simulação.
Eles calcularam que um terremoto dessa escala deixaria dois mil mortos e 50 mil feridos, provocando danos avaliados em torno de US$ 200 bilhões.
Quando o terremoto imaginário atingir a região, milhões de participantes da simulação devem se jogar no chão, procurar abrigo sob uma mesa resistente e “agüentar firme” até que “os tremores parem” - de acordo com as instruções.
Isto vai desencadear um exercício de resposta simulada envolvendo mais de cinco mil pessoas de agências locais, estaduais e federais. A simulação vai incluir triagens e exercícios de busca e resgate de vítimas.
A Califórnia é um dos Estados mais vulneráveis a terremotos dos Estados Unidos.
O laboratório nacional de pesquisas geológicas do país, a US Geological Survey, disse que há 46% de chances de que a região seja atingida por um terremoto de magnitude 7.5 ou mais nos próximos 30 anos.
As autoridades acreditam que a maioria dos californianos esteja despreparada para enfrentar um abalo sério.
O último grande terremoto a atingir a região, em 1994, teve magnitude 6.7 e deixou 57 pessoas mortas.
Em 1906, um grande terremoto em San Francisco, de magnitude estimada em 7.8, resultou na morte de três mil pessoas.
LOS ANGELES, EUA (AFP) - Milhões de pessoas participaram nesta quinta-feira da maior simulação de terremoto da história dos Estados Unidos, um exercício em grande escala cujo objetivo era verificar a reação da população ante a eventualidade de um terremoto de grandes proporções.
Cerca de 5,2 milhões de californianos se protegeram sob mesas ou em abrigos às 18H00 GMT (15H00 de Brasília), hora em que ocorreria o falso terremoto que, segundo as autoridades, teria deixado cerca de 1.800 mortos.
Bombeiros, policiais e socorristas participaram da simulação, realizada simultaneamente em várias localidades, enquanto que a universidade de Southern California, em Los Angeles, instalou um abrigo em um complexo esportivo para receber os “feridos”. Além disso, as redes de TV transmitiram notícias fictícias.
Segundo os especialistas, a probabilidade de um terremoto de grandes proporções devastar a Califórnia nos próximos 30 anos é de 99%.
OBS: Link da matéria em inglês:
http://www.latimes.com/news/local/la-me-tremors10-2009jul10,0,6189113.story
Cientistas detectam misteriosos tremores na falha de San Andreas; grande terremoto poderia ocorrer “em breve”
http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5jficMB9R4grVIH4DsO8bMOCskHqgD99B30O81
Fonte: Fimdostempos.net
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