"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009



Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação na mediação da temperatura terrestre e garante: a Terra está esfriando e vai se resfriar ainda mais nos próximos 22 anos.


Antes de começar a entrevista concedida ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, já que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.



UOL: Enquanto todos os países do mundo discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera e assim conter o que chamam de aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. Mas o certo é que quem comanda o clima global não é CO2. Ao contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o quê controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E ele tem um período de 90 anos aproximadamente em que ele passa de máximo de atividade para o mínimo. Nos registros que nos temos de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade no século XIX, em 1820, depois entrou em baixa atividade novamente no final de XIX e inicio do século XX. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai diminuir o clima global, que são os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia existem bóias que têm a capacidade de mergulhar ate 2.000 metros de profundidade se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura e salinidade, e fazem uma amostragem. Essas bóias mais o satélite indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre e atmosfera são aquecidas por baixo, claro que eles tem um papel importante no clima da Terra. E o [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947-1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando começou a globalização começou pra valer. E para produzir, eles tinham que consumir mais petróleo e carvão para produzir, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até uma nova era glacial. Depois, coincidentemente, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - alguns das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões eu interpreto como sendo como reduzir a geração da energia elétrica, que a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como sem diminuir a geração de energia elétrica - que vai ser necessária – sem reduzir a produção. Vão existir muitas promessas, mas não vão cumprir, porque reduzir emissões significa redução de energia elétrica.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge a todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor então contesta então qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, pólos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas seis bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%; são menores do que o número da incerteza. Se nessa Conferência conseguirem reduzir a emissão pela colocar metade, o que são três bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Ela não ai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende então que Brasil não deveria assina esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e Brasil], o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não ta nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil a maior parte das nossas emissões vêm da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa Conferencia saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, com um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por cona do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho deu uma geada severa que matou a plantação e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequencia de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer aos países subdesenvolvidos ou emergentes que vão eles contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e procurar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil têm algumas pessoas e é crescente o número de quem fala contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que, quem não é a favor do aquecimento global, sofre retaliações, têm seus projetos não aprovados e seus artigos não aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

Fonte:UOL

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Os feiticeiros do clima

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


Mais de 40 países utilizam técnicas para modificar artificialmente o clima. O iodeto de prata serve para aumentar ou reduzir a chuva e a neve. Os EUA tentaram em 1969 conter a energia dos furacões.


Em 30 de setembro os céus de Pequim estavam escuros e a neblina afogava a cidade com uma nuvem densa, ameaçando molhar o gigantesco desfile militar previsto para o dia seguinte na praça Tiananmen, em comemoração ao 60º aniversário da fundação da República Popular da China. Choveu. Mas foi toda nessa noite, e o 1º de outubro amanheceu radiante, de um azul que parecia impossível. Não foi por acaso. Ao todo, 18 aviões do Exército Popular de Libertação tinham voado sobre a cidade, disparando iodeto de prata contra as nuvens para forçar as apresentações antes do grande desfile militar.

Desde 1947, quando Bernard Vonnegut descobriu que o iodeto de prata pode romper o equilíbrio interno das nuvens e modificar as precipitações, cerca de 40 países continuam utilizando a mesma tecnologia para tentar modificar o clima. Houve tentativas mais ousadas durante o século passado - os EUA se atreveram a apaziguar a força dos furacões -, mas na atualidade essa técnica só se mostrou eficaz para aumentar ou deter a chuva, provocar nevadas e minimizar os danos do granizo. Mas, como a imaginação não tem limites, alguns cientistas já pensam em mudar o rumo de tornados, acalmar os ventos ou alterar a direção dos relâmpagos.

A modificação do clima é chamada de geoengenharia, mas esse termo é geralmente utilizado para designar as práticas que têm como objetivo reduzir os efeitos negativos do aquecimento global. No entanto, existe outra acepção: a destinada concretamente a manipular o clima de forma artificial para provocar chuva ou neve em períodos prolongados de seca, ou impedir precipitações quando as nuvens ameaçam estragar a festa, como aconteceu durante os Jogos Olímpicos de Pequim.

"Essas práticas me causam um certo temor porque justamente estamos tentando não modificar a química da atmosfera para conter a mudança climática. Tenho um espírito contrário a modificar as pautas atmosféricas e creio que a Organização Meteorológica Mundial deveria adotar uma atitude mais firme sobre o tema", adverte Jorge Olcina, pesquisador do clima na Faculdade de Geografia de Alicante (Espanha).

Mas nem o clima se mostrou tão fácil de manipular nem existem evidências - comentam seus defensores - de que essas práticas sejam tão perniciosas para o meio ambiente, embora sobre todas elas pese um componente ético que, como sempre, tem partidários e inimigos. Primeiro há necessidade da matéria-prima: se não houver nuvens - e portanto vapor de água - é impossível obter chuva. Em física, ninguém possui uma varinha mágica.

E caso se pretendam atenuar as precipitações os resultados podem decepcionar muita gente, porque no interior de uma nuvem ocorrem processos termodinâmicos que são desconhecidos em toda a sua amplitude. "Não podemos fazer as nuvens desaparecerem. Uma muito normal, por exemplo, tem cerca de 20 quilômetros de comprimento, 10 de largura e 10 de altura. Quer dizer, cerca de 2.000 quilômetros cúbicos. É impossível fazê-la desaparecer, mas podemos reduzir sua energia e minimizar os danos. E em relação às supercélulas, nem se aproximar."

Quem fala é José Luis Sánchez, catedrático de meteorologia da Universidade de León e o maior especialista espanhol nessa matéria. Sánchez dirigiu os programas de luta contra o granizo que se realizaram de 1986 a 2005 em Lleida e hoje assessora os agricultores da região de Alcañiz (Teruel) e Cariñena (Zaragoza).


Em Lleida, durante quase 20 anos foram utilizados aquecedores para semear as nuvens com um composto de iodeto de prata e acetona, e dessa forma conseguir conter a energia cinética - massa e velocidade - das pedras de granizo e minimizar seus efeitos negativos nas colheitas. Em 2005 a campanha foi cancelada, não por problemas técnicos, mas pelos movimentos de cidadãos que atribuíam a essas técnicas a prolongada seca na região.

Os agricultores tinham de pagar cerca de 8 euros por ano para proteger 200 mil hectares. Maite Torà, da Associação de Defesa Vegetal de Lleida, afirma que os danos foram reduzidos entre 30% e 40%. Uma porcentagem muito significativa para pessoas que poderiam perder boa parte de suas colheitas em alguns minutos por causa de uma tempestade devastadora. Para impregnar as nuvens com sais de iodeto de prata, eram utilizados em Lleida cerca de 50 aquecedores em terra, pois os aviões deixaram de ser usados em 1984, apesar das inúmeras lendas rurais que afirmam tê-los escutado minutos antes da evaporação de alguma tormenta.

Os aquecedores são mais eficazes que os aviões porque estes dependem da rapidez com que atacam a tempestade. Se as correntes internas de ar forem desfavoráveis, a nuvem não absorve o iodeto de prata. Por esse motivo, a China utiliza aviões militares, com muito mais estabilidade e manobrabilidade. O exército chinês estuda os métodos de modificação do clima desde a década de 1950, mas foi nos últimos anos que se realizaram as maiores experiências forçadas de chuva.

O principal objetivo é aliviar, dentro do possível, a seca persistente que sofrem muitas áreas do país, e, quando o governo considera conveniente, evitar as precipitações em grandes cerimônias. Em 1º de novembro passado recorreram novamente ao iodeto de prata e contribuíram para a primeira nevada artificial que viveu a capital. Foi a mais precoce em 22 anos. Nove dias depois a neve induzida voltou a cair sobre Pequim durante a noite, entre trovões e relâmpagos, com tal intensidade que em algumas ruas o manto branco chegou a 20 cm. Ao amanhecer a cidade era um caos.

Nas duas ocasiões houve numerosos acidentes de tráfego e cortes de eletricidade, e centenas de voos sofreram atrasos ou foram cancelados. Os efeitos da neve provocaram críticas de muitos cidadãos e até de alguns jornais oficiais, que se perguntaram por que não foram avisados previamente. Um chegou a dar o título: "Neve egoísta do Departamento do Tempo". Por outro lado, o cobertor branco se transformou na água de que Pequim tanto precisa.

Os meteorologistas chineses afirmam que só é possível modificar o tempo até certo ponto, e alguns, como Xiao Gang, do Instituto de Física Atmosférica da Academia de Ciências chinesa, recomendaram não abusar dessa prática devido a seu possível efeito em longo prazo.

"Ninguém pode dizer de que forma a manipulação do tempo mudará o céu. Experimentos passados demonstraram que pode contribuir para 10% a 20% adicionais de chuva ou neve. Não deveríamos depender demais de medidas artificiais para a chuva e a neve, porque há incertezas demais no céu", ele disse.

Em Israel ocorre outro tanto. Quando as nuvens formadas no Mediterrâneo sobrevoam a Galileia e o planalto do Golã - e não são muitas depois de quatro anos de seca -, aviões começam a disparar bengalas de iodeto de prata para semear as nuvens a uma altitude entre 1 e 2 km. Israel, um dos países pioneiros nessa matéria, começou a experimentá-la em 1960.

"Temos estatísticas que demonstram um aumento das chuvas de 10% a 12%. Mas é muito difícil demonstrar isso, porque é complicado controlar as experiências. Nunca se poderá demonstrar que a chuva foi provocada e jamais poderemos comparar duas nuvens iguais", afirma Daniel Rosenfeld, professor de Ciências da Terra na Universidade Hebraica de Jerusalém e um dos especialistas mundiais em modificação do clima. "Através da semeadura das nuvens, o preço da água gelada não chega a US$ 0,05 por metro cúbico, dez vezes mais barato que a dessalinização", defende Rosenfeld.

Em 2006, a Comunidade de Madri tentou importar essa tecnologia para abastecer a cidade e o canal Isabel 2ª, mas finalmente descartou a ideia. Israel destina entre 1,5 milhão e 2 milhões por ano para a pesquisa nesse campo.

Os EUA, por sua vez, congelaram em 1973 um programa destinado a reduzir a força dos furacões que todo ano assolam o país, habitualmente procedentes do golfo do México. O projeto foi iniciado nos anos 1960, época de uma florescente ficção-científica nas letras e no cinema, mas foi suspenso 13 anos depois por falta de orçamento.

"Como o potencial destrutivo dos furacões aumenta rapidamente quando seus ventos mais fortes se tornam ainda mais fortes, uma redução de 10% teria sido suficiente. A modificação foi tentada em quatro furacões em oito dias diferentes. Em quatro desses dias os ventos decresceram de 10% a 30%. A falta de reação nos outros dias foi interpretada como resultado de uma má inseminação das nuvens ou de alvos mal escolhidos", explica em seu site na web o laboratório governamental de Meteorologia e Oceanografia Atlântica.

Os resultados iniciais pareciam promissores. O programa começou em 1962 e demorou sete anos para dar resultados, quando se provou a técnica experimental no furacão Debbie. O jornal "The New York Times" noticiou em 5 de dezembro de 1969: "A inseminação de furacões aumenta a esperança". O programa foi batizado de Projeto Stormfury ("fúria da tempestade"), e o avião que dispensava o iodeto de prata recebeu o nome de Hurricane Hunter ("caçador de furacões"). Mas o projeto não voltou a dar resultados e nos livros de ciências ficou a dúvida se a redução da velocidade dos ventos do Debbie foi causada pelo homem ou na realidade foi uma desaceleração natural provocada pelo avanço do próprio furacão.

*Colaboraram David Alandete (Washington), Juan Miguel Muñoz (Jerusalém) e José Reinoso (Pequim)

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

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