"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009



Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação na mediação da temperatura terrestre e garante: a Terra está esfriando e vai se resfriar ainda mais nos próximos 22 anos.


Antes de começar a entrevista concedida ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, já que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.



UOL: Enquanto todos os países do mundo discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera e assim conter o que chamam de aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. Mas o certo é que quem comanda o clima global não é CO2. Ao contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o quê controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E ele tem um período de 90 anos aproximadamente em que ele passa de máximo de atividade para o mínimo. Nos registros que nos temos de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade no século XIX, em 1820, depois entrou em baixa atividade novamente no final de XIX e inicio do século XX. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai diminuir o clima global, que são os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia existem bóias que têm a capacidade de mergulhar ate 2.000 metros de profundidade se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura e salinidade, e fazem uma amostragem. Essas bóias mais o satélite indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre e atmosfera são aquecidas por baixo, claro que eles tem um papel importante no clima da Terra. E o [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947-1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando começou a globalização começou pra valer. E para produzir, eles tinham que consumir mais petróleo e carvão para produzir, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até uma nova era glacial. Depois, coincidentemente, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - alguns das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões eu interpreto como sendo como reduzir a geração da energia elétrica, que a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como sem diminuir a geração de energia elétrica - que vai ser necessária – sem reduzir a produção. Vão existir muitas promessas, mas não vão cumprir, porque reduzir emissões significa redução de energia elétrica.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge a todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor então contesta então qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, pólos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas seis bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%; são menores do que o número da incerteza. Se nessa Conferência conseguirem reduzir a emissão pela colocar metade, o que são três bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Ela não ai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende então que Brasil não deveria assina esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e Brasil], o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não ta nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil a maior parte das nossas emissões vêm da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa Conferencia saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, com um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por cona do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho deu uma geada severa que matou a plantação e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequencia de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer aos países subdesenvolvidos ou emergentes que vão eles contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e procurar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil têm algumas pessoas e é crescente o número de quem fala contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que, quem não é a favor do aquecimento global, sofre retaliações, têm seus projetos não aprovados e seus artigos não aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

Fonte:UOL

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Os feiticeiros do clima

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


Mais de 40 países utilizam técnicas para modificar artificialmente o clima. O iodeto de prata serve para aumentar ou reduzir a chuva e a neve. Os EUA tentaram em 1969 conter a energia dos furacões.


Em 30 de setembro os céus de Pequim estavam escuros e a neblina afogava a cidade com uma nuvem densa, ameaçando molhar o gigantesco desfile militar previsto para o dia seguinte na praça Tiananmen, em comemoração ao 60º aniversário da fundação da República Popular da China. Choveu. Mas foi toda nessa noite, e o 1º de outubro amanheceu radiante, de um azul que parecia impossível. Não foi por acaso. Ao todo, 18 aviões do Exército Popular de Libertação tinham voado sobre a cidade, disparando iodeto de prata contra as nuvens para forçar as apresentações antes do grande desfile militar.

Desde 1947, quando Bernard Vonnegut descobriu que o iodeto de prata pode romper o equilíbrio interno das nuvens e modificar as precipitações, cerca de 40 países continuam utilizando a mesma tecnologia para tentar modificar o clima. Houve tentativas mais ousadas durante o século passado - os EUA se atreveram a apaziguar a força dos furacões -, mas na atualidade essa técnica só se mostrou eficaz para aumentar ou deter a chuva, provocar nevadas e minimizar os danos do granizo. Mas, como a imaginação não tem limites, alguns cientistas já pensam em mudar o rumo de tornados, acalmar os ventos ou alterar a direção dos relâmpagos.

A modificação do clima é chamada de geoengenharia, mas esse termo é geralmente utilizado para designar as práticas que têm como objetivo reduzir os efeitos negativos do aquecimento global. No entanto, existe outra acepção: a destinada concretamente a manipular o clima de forma artificial para provocar chuva ou neve em períodos prolongados de seca, ou impedir precipitações quando as nuvens ameaçam estragar a festa, como aconteceu durante os Jogos Olímpicos de Pequim.

"Essas práticas me causam um certo temor porque justamente estamos tentando não modificar a química da atmosfera para conter a mudança climática. Tenho um espírito contrário a modificar as pautas atmosféricas e creio que a Organização Meteorológica Mundial deveria adotar uma atitude mais firme sobre o tema", adverte Jorge Olcina, pesquisador do clima na Faculdade de Geografia de Alicante (Espanha).

Mas nem o clima se mostrou tão fácil de manipular nem existem evidências - comentam seus defensores - de que essas práticas sejam tão perniciosas para o meio ambiente, embora sobre todas elas pese um componente ético que, como sempre, tem partidários e inimigos. Primeiro há necessidade da matéria-prima: se não houver nuvens - e portanto vapor de água - é impossível obter chuva. Em física, ninguém possui uma varinha mágica.

E caso se pretendam atenuar as precipitações os resultados podem decepcionar muita gente, porque no interior de uma nuvem ocorrem processos termodinâmicos que são desconhecidos em toda a sua amplitude. "Não podemos fazer as nuvens desaparecerem. Uma muito normal, por exemplo, tem cerca de 20 quilômetros de comprimento, 10 de largura e 10 de altura. Quer dizer, cerca de 2.000 quilômetros cúbicos. É impossível fazê-la desaparecer, mas podemos reduzir sua energia e minimizar os danos. E em relação às supercélulas, nem se aproximar."

Quem fala é José Luis Sánchez, catedrático de meteorologia da Universidade de León e o maior especialista espanhol nessa matéria. Sánchez dirigiu os programas de luta contra o granizo que se realizaram de 1986 a 2005 em Lleida e hoje assessora os agricultores da região de Alcañiz (Teruel) e Cariñena (Zaragoza).


Em Lleida, durante quase 20 anos foram utilizados aquecedores para semear as nuvens com um composto de iodeto de prata e acetona, e dessa forma conseguir conter a energia cinética - massa e velocidade - das pedras de granizo e minimizar seus efeitos negativos nas colheitas. Em 2005 a campanha foi cancelada, não por problemas técnicos, mas pelos movimentos de cidadãos que atribuíam a essas técnicas a prolongada seca na região.

Os agricultores tinham de pagar cerca de 8 euros por ano para proteger 200 mil hectares. Maite Torà, da Associação de Defesa Vegetal de Lleida, afirma que os danos foram reduzidos entre 30% e 40%. Uma porcentagem muito significativa para pessoas que poderiam perder boa parte de suas colheitas em alguns minutos por causa de uma tempestade devastadora. Para impregnar as nuvens com sais de iodeto de prata, eram utilizados em Lleida cerca de 50 aquecedores em terra, pois os aviões deixaram de ser usados em 1984, apesar das inúmeras lendas rurais que afirmam tê-los escutado minutos antes da evaporação de alguma tormenta.

Os aquecedores são mais eficazes que os aviões porque estes dependem da rapidez com que atacam a tempestade. Se as correntes internas de ar forem desfavoráveis, a nuvem não absorve o iodeto de prata. Por esse motivo, a China utiliza aviões militares, com muito mais estabilidade e manobrabilidade. O exército chinês estuda os métodos de modificação do clima desde a década de 1950, mas foi nos últimos anos que se realizaram as maiores experiências forçadas de chuva.

O principal objetivo é aliviar, dentro do possível, a seca persistente que sofrem muitas áreas do país, e, quando o governo considera conveniente, evitar as precipitações em grandes cerimônias. Em 1º de novembro passado recorreram novamente ao iodeto de prata e contribuíram para a primeira nevada artificial que viveu a capital. Foi a mais precoce em 22 anos. Nove dias depois a neve induzida voltou a cair sobre Pequim durante a noite, entre trovões e relâmpagos, com tal intensidade que em algumas ruas o manto branco chegou a 20 cm. Ao amanhecer a cidade era um caos.

Nas duas ocasiões houve numerosos acidentes de tráfego e cortes de eletricidade, e centenas de voos sofreram atrasos ou foram cancelados. Os efeitos da neve provocaram críticas de muitos cidadãos e até de alguns jornais oficiais, que se perguntaram por que não foram avisados previamente. Um chegou a dar o título: "Neve egoísta do Departamento do Tempo". Por outro lado, o cobertor branco se transformou na água de que Pequim tanto precisa.

Os meteorologistas chineses afirmam que só é possível modificar o tempo até certo ponto, e alguns, como Xiao Gang, do Instituto de Física Atmosférica da Academia de Ciências chinesa, recomendaram não abusar dessa prática devido a seu possível efeito em longo prazo.

"Ninguém pode dizer de que forma a manipulação do tempo mudará o céu. Experimentos passados demonstraram que pode contribuir para 10% a 20% adicionais de chuva ou neve. Não deveríamos depender demais de medidas artificiais para a chuva e a neve, porque há incertezas demais no céu", ele disse.

Em Israel ocorre outro tanto. Quando as nuvens formadas no Mediterrâneo sobrevoam a Galileia e o planalto do Golã - e não são muitas depois de quatro anos de seca -, aviões começam a disparar bengalas de iodeto de prata para semear as nuvens a uma altitude entre 1 e 2 km. Israel, um dos países pioneiros nessa matéria, começou a experimentá-la em 1960.

"Temos estatísticas que demonstram um aumento das chuvas de 10% a 12%. Mas é muito difícil demonstrar isso, porque é complicado controlar as experiências. Nunca se poderá demonstrar que a chuva foi provocada e jamais poderemos comparar duas nuvens iguais", afirma Daniel Rosenfeld, professor de Ciências da Terra na Universidade Hebraica de Jerusalém e um dos especialistas mundiais em modificação do clima. "Através da semeadura das nuvens, o preço da água gelada não chega a US$ 0,05 por metro cúbico, dez vezes mais barato que a dessalinização", defende Rosenfeld.

Em 2006, a Comunidade de Madri tentou importar essa tecnologia para abastecer a cidade e o canal Isabel 2ª, mas finalmente descartou a ideia. Israel destina entre 1,5 milhão e 2 milhões por ano para a pesquisa nesse campo.

Os EUA, por sua vez, congelaram em 1973 um programa destinado a reduzir a força dos furacões que todo ano assolam o país, habitualmente procedentes do golfo do México. O projeto foi iniciado nos anos 1960, época de uma florescente ficção-científica nas letras e no cinema, mas foi suspenso 13 anos depois por falta de orçamento.

"Como o potencial destrutivo dos furacões aumenta rapidamente quando seus ventos mais fortes se tornam ainda mais fortes, uma redução de 10% teria sido suficiente. A modificação foi tentada em quatro furacões em oito dias diferentes. Em quatro desses dias os ventos decresceram de 10% a 30%. A falta de reação nos outros dias foi interpretada como resultado de uma má inseminação das nuvens ou de alvos mal escolhidos", explica em seu site na web o laboratório governamental de Meteorologia e Oceanografia Atlântica.

Os resultados iniciais pareciam promissores. O programa começou em 1962 e demorou sete anos para dar resultados, quando se provou a técnica experimental no furacão Debbie. O jornal "The New York Times" noticiou em 5 de dezembro de 1969: "A inseminação de furacões aumenta a esperança". O programa foi batizado de Projeto Stormfury ("fúria da tempestade"), e o avião que dispensava o iodeto de prata recebeu o nome de Hurricane Hunter ("caçador de furacões"). Mas o projeto não voltou a dar resultados e nos livros de ciências ficou a dúvida se a redução da velocidade dos ventos do Debbie foi causada pelo homem ou na realidade foi uma desaceleração natural provocada pelo avanço do próprio furacão.

*Colaboraram David Alandete (Washington), Juan Miguel Muñoz (Jerusalém) e José Reinoso (Pequim)

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

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Convenção Mundial no Inferno

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Reunião de Satanás

Satanás convocou uma Convenção Mundial de demônios.
Em seu discurso de abertura, ele disse:
"Não podemos impedir os cristãos de irem à igreja"
"Não podemos impedi-los de ler as suas Bíblias e conhecerem a verdade"
"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com o seu Salvador“.
E, uma vez que eles ganham essa conexão com Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.



"Então vamos deixá-los ir para suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que nelas organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento com Jesus Cristo". "O que quero que vocês façam é o seguinte", disse o diabo:
"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se do seu Salvador"
Como vamos fazer isto? Gritaram os seus demônios.



Respondeu-lhes:
"Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes"
"Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado"



"Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios."
"Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos"



"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".
"Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos".
"Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".



"Bombardeiem as suas mentes com noticias, 24 horas por dia".
"Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos".
"Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".



"Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que seus maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas"..

"Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos à noite, e dê-lhes dor de cabeça também. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começam a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias rapidamente."



"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal."
"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e o Seu poder sobre o pecado e a morte."
"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".



"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro, concertos e ao cinema. Mantenha-os ocupados, ocupados."

"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, para que, ao saírem, o façam com as consciências pesadas".


"Encham as vidas de todos eles
com tantas causas nobres e
importantes a serem defendidas
que não tenham nenhum tempo para buscarem o poder de Jesus".
Muito em breve, eles estarão buscando em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."




"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"
Os demônios ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados, e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para
suas famílias.
Não tendo nenhum tempo para contar
à outros sobre o poder de Jesus para transformar vidas.




Creio que a pergunta é:

Teve o diabo sucesso nas suas maquinações?

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Cúpula de Copenhague coloca liberdade em risco, diz presidente tcheco

quarta-feira, 25 de novembro de 2009



MÁRCIA SOMAN MORAESda Folha Online
O presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, participou nesta quarta-feira de um evento em São Paulo e criticou duramente a Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática de Copenhague como um ato contra a liberdade nacional. Segundo Klaus, que visitou ainda Manaus (AM), os políticos brasileiros têm falsas esperanças de que ganharão alguma compensação para evitar o desmatamento florestal.
"O clima está bem", disse Klaus, ignorando as dezenas de estudos científicos que apontam o contrário. "O que está em risco? Clima ou a liberdade?", disse. "Não acho que é necessário colocar em risco a liberdade e a prosperidade dos países [pelo aquecimento global]".


"Sou 100% contra a cúpula de Copenhague", completou Klaus. "Não precisamos de regra sobre o que consumir, como viver, para onde viajar. Precisamos de um mercado livre, produção livre. Resumindo, precisamos de liberdade e eu acho que ela estará em risco em Copenhague".

Klaus, que conversou nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema, disse que não concorda com o colega brasileiro no tema. Lula afirmou que o Brasil vai reduzir em quase 40% as emissões estimadas para 2020. "Acredito que todos os países, especialmente os mais ricos, devem fazer com que a cúpula de Copenhague produza resultados claros e ambiciosos", disse o presidente brasileiro, que não obteve sucesso em convencer Klaus a participar.

Segundo o presidente tcheco, o aquecimento global é uma doutrina e não ciência já que diz não acreditar em um aumento da temperatura de proporções globais ou causado pela ação do homem. "O aquecimento [global] não é único e sem precedentes. Não é resultado da ação do homem, há muitos outros fatores que o influenciam", afirmou o tcheco, sem dar mais detalhes.

Compensação

Klaus disse que os políticos brasileiros tem falsas esperanças sobre os resultados da cúpula de Copenhague. Ele relatou sua visita ao Amazonas e disse que chegou a questionar o porque da ansiedade do governador Eduardo Braga (PMDB) com o resultado da cúpula.

"Ele estava ansioso por Copenhague. Mas eu disse que trará novos custos, novas proibições impostas ao uso da floresta amazônica", disse Klaus, que afirmou ainda ter ouvido como resposta que ao menos o governo será pago pelos países para preservar a área florestal.

"Como economista, eu digo que o mundo não tem dinheiro para enviar ao Amazonas. Parece um entendimento errado da proposta", afirmou.

Autor do livro "Blue Planet in Green Shackles" ("Planeta Azul em Algemas Verdes", sem tradução em português), Klaus defende que há uma "histeria" do aquecimento global criada pelos próprios políticos que aproveitam o tema da mudança climática como escapismo.

"Para os políticos, esta é uma grande descoberta falar algo que só vai acontecer em cem anos. Para eles, é ótimo prometer algo para 2100. Vira uma forma de escapismo. Eles sempre querem escapar e normalmente conseguem algo para uns três anos, mas agora podem focar em esforços que só vão mostrar resultados em cem anos", afirmou Klaus.

O Tratado do Clima em Copenhague:


VEJA O VIDEO EM QUE O LORD FAZ O GRAVE ALERTA:



Janet Albreschtsen
The Wall Street Journal
Nós esperamos apenas que os líderes mundiais vão fazer nada além de desfrutar de um agradável passeio de bicicleta ao longo das charmosas ruas de Copenhague em Dezembro. Pois se eles realmente conseguirem concluir um acordo com base no texto atual do tratado de Copenhague sobre mudanças climáticas, o mundo estará sujeito a algumas surpresas desagradáveis. Esboço de texto, você diz? Se você ainda não ouviu falar sobre isso, é porque nenhum dos nossos eloquentes líderes políticos têm se incomodado a nos dizer o que os autores deste esboço criaram para que seja considerado pelos líderes mundiais. E da mesma forma os meios de comunicação também não divulgaram.

Surge então Lord Christopher Monckton. O ex-conselheiro de Margaret Thatcher fez uma palestra na Universidade Bethel, em St. Paul, Minnesota, no início deste mês que causou enorme alvoroço. Pela primeira vez, o público ouviu falar sobre as 181 páginas, datadas de 15 de setembro, que compõem a Convenção sobre o Framework das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, um rascunho do que pode ser assinado em dezembro.

Até agora, o vídeo de sua palestra teve mais de um milhão de acessos no YouTube. E ele merece mais milhões de acessos, porque Lord Monckton adverte que o objetivo do projeto do tratado de Copenhague é a criação de um governo “transnacional”, em uma escala que o mundo nunca viu. (Veja o vídeo mais abaixo)

O “esquema para o novo arranjo institucional no âmbito da Convenção”, que começa na página 18 contém a provisão de um “governo”. O objetivo é dar a um organismo ainda sem nome da ONU o poder de intervir diretamente nos assuntos financeiros, económicos, fiscais e ambientais de todas as nações que assinarem o tratado de Copenhague.

A razão para esta tomada de poder é bastante clara: Complicadas cláusulas após cláusulas do projeto obriga os países desenvolvidos a pagar uma “dívida de adaptação” aos países em desenvolvimento para supostamente apoiar a mitigação das alterações climáticas. A cláusula 33 na página 39 diz que “até 2020 a escala dos fluxos financeiros para apoiar a adaptação dos países em desenvolvimento deve ser pelo menos de 67 bilhões de dólares ou na faixa de 70 a 140 bilhões de dólares por ano.”

E como é que os países desenvolvidos providenciarão este fluxo financeiro para o mundo em desenvolvimento? O texto do projeto define várias alternativas, incluindo a opção sete, na página 135, que prevê “a taxa global de 2 por cento nas transações monetárias do mercado financeiro internacional dos países do Anexo I”. O países do Anexo 1 são os países industrializados, que incluem entre outros os Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha e Canadá.

Para ter certeza, os países que assinam tratados internacionais sempre cedem poderes a um órgão da ONU responsável pela execução das obrigações do tratado. Mas a diferença é que este tratado parece ter sido sujeito a tentativas incomuns para ocultar seu complicado conteúdo. E, além da dificuldade de tentar decifrar o palavreado da ONU, há uma abundância de cláusulas descritas como “alternativas” e “opcionais” que deve aumentar ainda mais a ira dos países livres e democráticos preocupados em preservar sua soberania.

Lord Monckton mesmo só tomou conhecimento dos poderes extraordinários a serem investidos neste governo mundial quando um amigo seu encontrou um obscuro site da ONU e pesquisou através de várias camadas de hiperlinks, antes de descobrir um documento que não é nem chamado de “esboço de tratado.” Ao contrário, é rotulado de “nota do Secretariado”

Entrevistado pelo repórter de rádio Alan Jones em Sydney nesta segunda-feira, Lord Monckton disse que “esta é a primeira vez que eu vi qualquer tratado transnacional referindo-se a um novo órgão a ser criado no âmbito do tratado como um “governo”. Mas são competências que serão dadas a este governo totalmente desprovido de eleições é que são tão assustadoras.” Ele acrescentou: “A ambição absoluta deste novo governo mundial é enorme desde o início, mesmo antes de começar a dar poderes para si próprio como estas entidades normalmente o fazem”.

Os críticos têm admoestado Senhor Monckton por sua linguagem colorida. Ele certamente tem sido vigoroso. Em sua exposição sobre o esboço do tratado de Copenhague, em St. Paul, ele advertiu os americanos de que “nas próximas semanas, a menos que vocês impeçam isso, seu presidente vai assinar sua liberdade, sua democracia e sua prosperidade para sempre.” No entanto, os seus críticos não conseguem lidar com a substância do que ele diz.

Pergunte a si mesmo esta pergunta: Tendo em conta que nossos líderes políticos gastam centenas de horas conversando sobre a mudança climática e a necessidade de um consenso global em Copenhague, por que nenhum deles falou abertamente sobre os detalhes deste tratado sobre mudanças climáticas? Afinal, os signatários do tratado final estarao vinculados a ele por anos. O que exatamente eles estão escondendo? Graças ao Lord Monckton agora sabemos alguma coisa de seus planos.

Janos Pasztor, diretor do Secretário-Geral da Equipe de Apoio sobre Mudanças Climáticas, disse aos repórteres em Nova York nesta segunda-feira que com o Congresso dos EUA ainda para votar um projeto de lei sobre mudanças do clima, um tratado global sobre mudanças climáticas é agora um resultado improvável em Copenhague. Vamos esperar que ele esteja correto. E obrigado América.

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Obama irá à Conferência do Clima das Nações Unidas em Copenhague


Presença do presidente americano era alvo de apelos de outros líderes.Ele citou semana passada desejo de fechar 'acordo operacional imediato'.

Obama disse: 'Nosso objetivo lá... não é um acordo parcial ou uma declaração política, mas sim um acordo que cubra todas as questões presentes nas negociações e um que tenha efeito operacional imediato"

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15). Um funcionário do governo americano afirmou nesta quarta-feira (25) que Obama estará em Copenhague, Dinamarca, sede do evento, no dia 9, dois dias depois do início da conferência.

As grandes decisões sobre compromissos e eventuais metas só serão tomadas no final da COP, entre os dias 17 e 18 de dezembro.

Na terça-feira da semana passada, Obama declarou, em visita à China, que as negociações para enfrentar o aquecimento global devem chegar a um novo acordo com “efeito operacional imediato”, ainda que o objetivo original de um pacto com efeito jurídico vinculante (ou seja, um tratado, com metas compulsórias) esteja ao que tudo indica fora do alcance.

"Nosso objetivo lá... não é um acordo parcial ou uma declaração política, mas sim um acordo que cubra todas as questões presentes nas negociações e um que tenha efeito operacional imediato", disse. O presidente americano não especificou, porém, o que seria um acordo com efeito operacional imediato.



EUA e China respondem juntos por 40% das emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO2) emitido pela queima de combustíveis fósseis.



A legislação sobre energia limpa dos Estados Unidos está em debate no Senado . Avalia-se que a Conferência do Clima não tem condição de decidir muita coisa se o Congresso dos EUA não tiver resolvido se aprova ou rejeita o projeto de lei.



Em uma iniciativa inédita, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) aprovou no dia 26 de junho por 219 votos contra 212 uma lei climática que estabelece limites para emissões de gases-estufa e cria um mercado nacional de créditos de carbono. Ela fora apresentada pelos democratas no dia 31 de março.



De autoria dos parlamentares Henry Waxman (Califórnia) e Edward Markey (Massachusetts), a Lei de Energia Limpa e Segurança da América, de 1.200 páginas, fixa um compromisso de redução de emissões de 17% até 2020, em relação aos níveis de 2005. Os compromissos delineados pelo Protocolo de Kyoto, ao qual os EUA nunca aderiram, referem-se aos níveis vigentes em 1990.



Já no Senado, a meta de corte subiu 3 pontos porcentuais, para 20% (confira mais detalhes no infográfico abaixo), por iniciativa da senadora democrata Barbara Boxer (também com base eleitoral na Califórnia). A meta pedida por Obama no primeiro esboço do projeto era redução de pelo menos 25%.

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Farsa do Aquecimento Global - E-mails roubados abrem polêmica sobre clima

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Computadores da Universidade East Anglia, no Reino Unido, foram invadidos e mais de mil e-mails e 3 mil documentos trocados entre cientistas do clima foram roubados, abrindo polêmica no mundo acadêmico a poucas semanas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague. O material, que revelaria uma suposta manipulação de dados para reforçar a tese do aquecimento global, está sendo usado por céticos para alertar que a necessidade de corte de emissões de CO2 não passaria de uma farsa planetária. Cientistas afirmam que o roubo faz parte de uma campanha para evitar um acordo climático.


Muitos dos e-mails roubados foram trocados entre cientistas que participaram do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). O documento, de 2007, foi o primeiro a confirmar que o aquecimento global é resultado da atividade humana. Phil Jones, que teve e-mails roubados, diz que palavras como "truque" e "esconder a queda" foram usadas fora de contexto pelos hackers.


Mas a polêmica já virou debate político. Lord Lawson, cético da mudança climática, pediu investigação e disse que a credibilidade da ciência está em jogo. O secretário-geral da Organização Mundial de Meteorologia (WMO, na sigla em inglês), Michel Jarraud, rejeitou a tese. "É lamentável que ainda traga impacto um rumor como esse." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:MSN

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Mortes por gripe H1N1 dobram a cada duas semanas na Europa

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LONDRES (Reuters) - O número de mortes pela gripe suína H1N1 na Europa vem dobrando a cada duas semanas desde meados de outubro e 169 pessoas morreram em decorrência do vírus na semana passada, afirmaram especialistas em vigilância epidemiológica na segunda-feira.

O Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), com base em Estocolmo, disse que foram registradas 670 mortes em abril e todos os 31 países da União Europeia e da Associação Europeia de Livre Comércio (Efta) já registraram casos do vírus.

"O número de mortes... apresenta um aumento constante - quase dobrando a cada quinzena ao longo das últimas seis semanas", informou o centro na sua atualização diária. "Embora a maioria das mortes até agora tenha ocorrido na Europa Ocidental, há um crescente número de mortes sendo registrado na Europa do Leste e Central".

As campanhas de vacinação contra o H1N1 começaram em diversos países europeus nas últimas semanas para tentar conter a propagação do vírus, declarado pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em junho.

Os programas de imunização, no entanto, enfrentam níveis ambíguos de percepção e oposição provenientes de lobistas anti-vacina, de acordo com a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Escmid). Ela afirmou que esse tipo de oposição coloca "a saúde pública e vidas" em risco.

"Ninguém pode arcar em ser complacente ou cético sobre os benefícios da vacina contra o H1N1", disse o presidente da Escmid, Javier Garau, em um comunicado. As sérias consequências de evitar a injeção da gripe precisam ser consideradas...e os médicos precisam deixar claro o papel de segurança e de proteção vital que a vacina tem de desempenhar.

A OMS afirmou na semana passada que governos de várias regiões do mundo já administraram mais de 65 milhões de doses da vacina H1N1. Efeitos colaterais comuns da vacina incluem inchaço, vermelhidão ou dor no local da injeção, e às vezes febre ou dor de cabeça, mas a OMS descartou qualquer relação de morte com a vacina.

O ECDC registrou uma "intensidade muito alta" de doenças do tipo da gripe na semana passada na Itália, na Noruega e na Suécia, e disse que a intensidade era "alta" na Bulgária, na Dinamarca, na Alemanha, na Islândia, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Polônia e Portugal.

O restante da Europa apresentava no geral intensidade "média".
Fonte:UOL

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Mutação do Vírus da Gripe suína resistente a droga infecta 5 em Gales

sábado, 21 de novembro de 2009


Cinco pacientes em tratamento no Hospital Universitário de Cardiff, capital do País de Gales, foram infectados com uma variante do vírus da gripe suína resistente ao medicamento oseltamivir, também conhecido pelo nome comercial Tamiflu.
As autoridades britânicas destacaram que todos os infectados no hospital galês já vinham sendo tratados para doenças graves e que, nessas circunstâncias, o fato "não é inesperado".
Apesar da confirmação dos casos, os primeiros de transmissão entre pessoas da variável resistente à droga, as autoridades britânicas voltaram a recomendar neste sábado a vacinação contra o vírus H1N1.
"Uma das coisas que isso nos ensina é que a vacinação é ainda mais importante, principalmente a vacinação daquelas pessoas que estão no alto da lista de prioridades, aquelas que têm doenças crônicas dos tipos que origiram este problema", afirmou o doutor Roland Salmon, diretor do Centro de Doenças Infecciosas do Serviço Nacional de Saúde Pública de Gales.
Em todo o mundo, há por volta de 60 casos de pessoas infectadas por variantes do H1N1 resistentes ao oseltamivir.
Estoque
O governo da Grã-Bretanha comprou uma quantidade do remédio Tamiflu, usado para tratar os sintomas da gripe suína, reduzindo o ciclo do vírus e os riscos de complicações, suficiente para tratar metade da população.
Por isso, a disseminação da variante resistente ao medicamento está sendo tratada como uma ameaça à saúde pública.
Dos pacientes infectados em Cardiff, dois já se recuperaram e receberam alta, um está na UTI e outros dois em isolamento.
As autoridades sanitárias britânicas destacam, entretanto, que não há riscos imediatos para a população e que estão sendo realizados testes para descobrir exatamente o que aconteceu.
"Essas são circunstâncias muito especiais, e é preciso aguardar para ver se isso realmente aconteceria em uma comunidade em que a maior parte das pessoas tem sistemas imunológicos perfeitamente normais", afirmou o doutor Salmon.
A resistência ao medicamento mais popular contra o vírus não significa, segundo as autoridades, que não existam tratamentos alternativos para o H1N1
Médicos britânicos também insistiram que o tratamento à base de Tamiflu continuará a ser indicado para a maioria das pessoas.
O governo britânico afirma que atualmente 46 pessoas estão sendo tratadas por gripe suína em hospitais do País de Gales. Já foram registradas 21 mortes por causa do vírus no país.
Em todo o mundo, o número de infectados pela doença já passou de 715 mil, segundo
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OMS nega que vacinas contra gripe suína tenham provocado 40 mortes

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cerca de 40 pessoas morreram após serem vacinadas contra a gripe pandêmica H1N1, mas as investigações até agora mostram que as fatalidades não foram causadas pela vacina, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

A agência da ONU reafirmou que a vacina da pandemia é segura e expressou preocupação de que grávidas e outros sob risco estavam a evitando por temer os seus efeitos colaterais.

"Nenhum novo item de segurança foi identificado a partir dos relatórios divulgados até agora....As notícias até o momento reconfirmam que a vacina da gripe pandêmica é tão segura como a vacina da gripe sazonal", disse Marie-Paule Kieny, principal especialista em vacinas da OMS, em uma conferência telefônica.

Os governos relataram que já foram administradas 65 milhões de doses da vacina contra o H1N1, o vírus da popularmente conhecida gripe suína, em 16 países, mas o número real é provavelmente maior, pois as campanhas de vacinação estão ocorrendo em 40 países, afirmou ela.

Efeitos colaterais comuns incluem inchaço, vermelhidão ou dor no lugar da injeção, embora alguns tenham tido febre ou dor de cabeça, e em geral todos os sintomas desaparecem após 48 horas.

Um "pequeno número de mortes" foi registrado, afirmou ela, e uma porta-voz da OMS mais tarde divulgou o número 41 em seis países.

"Embora algumas investigações ainda estejam em andamento, os resultados das investigações finalizadas relatadas à OMS descartaram a possibilidade de a vacina pandêmica ser a causa da morte", afirmou Kieny.

Menos de 12 casos suspeitos da síndrome de Guillain-Barre foram notificados após a vacinação contra a gripe H1N1, disse ela. "Apenas alguns desses Guillain-Barre talvez estejam relacionados à vacina pandêmica...e os pacientes se recuperaram", acrescentou ela.

A rara condição neurológica foi relacionada a uma campanha de vacinação contra a gripe H1N1 em 1976 nos EUA. Embora nenhum caso de síndrome de Guillain-Barre jamais ter sido associado à vacina, a crença de que a vacina era pior que a doença permanece disseminada.


Parte dos pais ainda teme vacina contra H1N1, diz médica
americana

Quando digo a amigos que não são médicos que nossa clínica está vacinando crianças contra o vírus da gripe H1N1, ouço comentários variados. Com cerca da metade, é algo do tipo: "Ai, meu Deus, nosso médico não tem a vacina! Você me consegue uma dose?" E com a outra metade, é algo como, "Ai, meu Deus, aquela vacina totalmente nova – você realmente acha que é segura?"


Existe uma dualidade peculiar na mente cultural coletiva de hoje, um tipo de pensamento duplo pandêmico. Outros médicos que conheço estão todos imunizando avidamente seus filhos. Muitos estão atendendo chamadas frenéticas de pessoas desesperadas pela vacina. Porém, ao mesmo tempo, estamos encontrando pais determinados em recusar essa mesma vacina.

Imaginando o que a história pode ter a dizer sobre esse incongruente estado das coisas, chamei David M. Oshinsky, professor de história da Universidade do Texas e autor do livro ganhador do prêmio Pulitzer "Polio: An American Story" (Oxford, 2005). Oshinsky comparou a atual campanha de vacinação a duas situações anteriores.


Em 1947, um homem, que havia acabado de chegar do México em Nova York, morreu de varíola. As autoridades "movimentaram a cidade inteira" e vacinaram todas as pessoas, mesmo aqueles que já haviam sido vacinados, disse Oshinsky. "Toda a cidade foi re-vacinada", ele acrescentou, "e não houve resistência real. As pessoas tinham uma consciência do risco e da recompensa e ouviam as autoridades de saúde pública".


Em seguida houve os experimentos clínicos da vacina de pólio de 1954, onde pais voluntariaram mais de um milhão de crianças para receber uma vacina experimental ou um placebo. Embora eles acreditassem muito mais na profissão médica do que os pais de hoje, havia outro fator, disse Oshinsky: "Eles também haviam sobrevivido a períodos de epidemias virulentas. Para mim, esse é provavelmente a maior questão de todas. Você está lidando com pais que nunca viram uma epidemia de varíola, ou uma epidemia de pólio".


Poucos médicos na atividade hoje já presenciaram um único caso de varíola, muito menos uma epidemia (graças à vacinação). Porém, quando pediatras olham o subtipo atual da H1N1, a inclinação é de ficarmos com medo.


Casos graves dessa gripe são relativamente raros, mas acontecem; mais de 100 crianças já morreram da H1N1. As mortes parecem ocorrer desproporcionadamente em crianças e mulheres grávidas.
Então, damos a vacina H1N1 a crianças cujos pais estão quase chorando de medo do vírus, e tentamos ganhar a confiança daqueles pais que estão chorando de medo da vacina. Para eles, explicamos incansavelmente que, na verdade, esta não é uma vacina totalmente nova – ela é feita com a mesma técnica da vacina da gripe sazonal. Sim, já foi testada. Sim, é segura. Sim, é eficaz.


"Quando dei uma palestra a um grupo de pais na creche de minha filha", disse meu amigo Dr. Mitchell H. Katz, diretor de saúde pública de São Francisco, "aconselhei pais que estavam preocupados com os riscos da vacinação a dar a seus filhos – se estivessem saudáveis – a vacina nasal, pois o que nossos filhos não colocam dentro de seus narizes?"


"Dada a variedade de vírus a que nossos filhos estão expostos em seus narizes, é muito difícil imaginar como a vacinação poderia ser tão diferente. Acho que muita gente foi consolada por isso".


A ambivalência por aí é tanta que alguns pais, antes tementes à vacina, agora têm medo de não consegui-la. "Eu ainda vejo as duas extremidades desta dicotomia", disse Dr. John Snyder, pediatra do Hospital St. Vincent, em Manhattan, acrescentando, "Este é um momento muito interessante. Não consigo me lembrar de parecido com isso antes".


Algumas semanas atrás, comandei um bate-papo no departamento de pediatria da Universidade Vanderbilt. O Tennessee foi atingido duramente pelo H1N1 em setembro e outubro, antes da disponibilização da vacina.
"Vi crianças bastante saudáveis ficarem doentes com muita rapidez sem nenhum diagnóstico primário identificado", disse Dr. Gregory Plemmons, professor-assistente de pediatria do Hospital Infantil Monroe Carell Jr., em Vanderbilt. Ele contou casos de crianças que precisavam de muito oxigênio, desenvolveram fluidos em seus peitos e ficaram no hospital por dias e dias.


Houve algumas mortes trágicas e aterradoras; li notícias sobre um aluno do jardim da infância – um menino saudável, sem asma, sem doenças cardíacas – que morreu em Vanderbilt no início de setembro, e as reuniões posteriores mantidas em sua escola, com multidões de pais preocupados, sobre a desinfecção da escola e a limpeza dos 600 ônibus escolares do distrito.


Havia pouca vacina H1N1 disponível em começo de setembro, mas Plemmons disse que sua clínica havia recentemente recebido um suprimento limitado. "Acho que alguns pais estão clamando por ela, e alguns estão temerosos que a vacina seja simplesmente tão perigosa quanto a doença", disse ele.


Dr. Paul A. Offit, chefe de doenças infecciosas do Hospital Infantil da Filadélfia, escreveu extensivamente sobre vacinas e o movimento antivacina. A vacina H1N1 possui 60 anos de experiência e tecnologia por trás, disse ele; é segura, é claramente eficaz – e, mesmo assim, muita gente ainda tem dificuldade "em descobrir onde estão os riscos reais".


Offit imaginou se as pessoas estariam mais confortáveis com pecados de omissão do que de pagamento. Em vez de injetar uma substância exterior em seu corpo, continuou ele, "você correrá seus riscos com uma infecção natural por vírus, que pode ou não matá-lo".


Não estamos vendo uma epidemia de uma doença devastadora, pelo menos não agora. Contudo, estamos vendo muitas infecções com um vírus contra o qual as crianças não possuem imunidade, e que já causou mais mortes em crianças abaixo dos 5 anos do que veríamos em anos da gripe sazonal comum.


A disposição dividida do público em relação ao H1N1 – medo da vacina e medo de que não haja o suficiente dela – lembra Offit de uma piada que Woody Allen faz em seu filme "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa". Uma mulher reclama que a comida num resort nas montanhas Catskills é terrível, e seu amigo concorda: "E porções tão pequenas!"


Então, sim, estou assustada. Fico preocupada com o H1N1 quando uma criança aparece com tosse e febre; me preocupo em não ser capaz de identificar aquela criança saudável que pode ficar muito doente, com muita rapidez. Esse é o seu pesadelo pediátrico básico: como julgar quais crianças provavelmente vão melhorar e quais vão ficar muito mais doentes, e até morrer? É por isso que me vejo tentando oferecer aos pais exatamente o que quero para meus próprios filhos: vacina, proteção, imunidade.


Na clínica, aconselhamos os pais a imunizar suas crianças, especialmente aquelas com asma ou outros problemas crônicos. "Pessoas por toda a cidade estão implorando por esta vacina", ouvi outro médico dizendo a uma mãe. "Temos muita sorte em tê-la aqui".

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2012 - O filme, Os Maias, A Carta de um Lider Norueguês, O Cofre do Fim do Mundo, coincidências??

Noruega inaugura 'cofre do fim do mundo' para proteger sementes -Fonte:BBC Brasil

Um cofre que visa abrigar sementes de todas as variedades conhecidas no mundo de plantas com valor alimentício está sendo inaugurado na Noruega, já no Círculo Ártico.

Apelidada de o "cofre do fim do mundo", a Caixa Forte Internacional de Sementes, uma joint-venture da Noruega e da ONU, foi construída em uma ilha remota, Svalbard, em uma parceria entre o governo norueguês e a Organização das Nações Unidas (ONU).

A caixa forte, que começou a ser construída em março de 2007, fica a uma profundidade de 120 metros dentro da montanha de Spitsbergen, uma das quatro ilhas que compõem Svalbard.

O diretor do projeto, Kerry Fowler, afirmou que a iniciativa visa salvaguardar a agricultura mundial no caso de catástrofes futuras, como guerras nucleares, queda de asteróides e mudanças climáticas.

"Este é o plano B, a rede de segurança, a política de seguro. E sabemos que grande parte da diversidade está sendo perdida mesmo em bons bancos genéticos", disse.
Bilhões

Ao construir uma caixa forte dentro da montanha, o solo permanentemente gelado continuaria a fornecer refrigeração natural em caso de falha do sistema mecânico, explicou Fowler.

A Caixa Forte Internacional de Sementes é composta por três câmaras com a capacidade de guardar 4,5 bilhões amostras de sementes.

O professor Tore Skroppa, diretor do Instituto de Florestas e Paisagens da Noruega, que também participa do projeto, afirma que a mudança climática é um dos motivos da criação do banco de sementes, mas não é o único.

O professor disse à correspondente da BBC em Svalbard, Sarah Mukherjee, que mais de 40 países tiveram parte ou a totalidade de seus bancos de sementes destruídos nos últimos anos.

Seja devido à guerra, como no Afeganistão e Iraque, ou devido a inundações ou outros desastres naturais, como nas Filipinas.

Embora a caixa forte norueguesa tenha sido projetada para proteger espécies de acontecimentos catastróficos, ela pode ser usada também como fonte de realimentação de bancos de sementes nacionais.

Inaugurado o 'Cofre do fim do mundo' 26-02-08




Polêmico: Carta Alerta de um Líder Norueguês sobre Nibiru e 2012 - Legendado

Trailer do Filme 2012 - Legendado



Profecia Maia do Fim do Mundo em 2012 (resumo)





Fim do Mundo em 2012 citado em 'O Livro Perdido de Nostradamus'

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Clarão causado por meteoro ilumina céu nos EUA

Imagem foi captada por câmeras do observatório de uma universidade.
Cientistas disseram que é cedo para definir largura e velocidade do objeto.



Um clarão provocado por um meteoro iluminou o céu do estado norte-americano de Utah. A imagem foi captada por câmeras de segurança do observatório de uma universidade.



Veja o site da Globo News



Cientistas disseram que ainda é cedo para definir a largura do objeto e também a velocidade com que entrou na atmosfera, estimada em torno de 150 mil km/h.



Para os especialistas, ver um meteoro cruzar o céu não é raro. O difícil é conseguir registrar sua passagem

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Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos

'Onde o Céu e a Terra se encontram' foi lançado nesta semana nos EUA.
Organizador diz ao G1 que Brasil pode intermediar negociações da região.

O presidente Shimon Peres, de Israel, visitou Brasília na semana passada, e o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina, chega nesta quinta-feira (19) ao Brasil.



Enquanto o Brasil tenta se posicionar como mediador à distância do conflito no Oriente Médio, um grupo de pesquisadores judeus, muçulmanos, cristãos ou sem nenhuma ligação religiosa e ideológica se juntou para publicar um livro inédito em seu pluralismo.

A ideia por trás da obra lançada na última segunda-feira (16) nos Estados Unidos é mostrar que Jerusalém, cidade no âmago da disputa no Oriente Médio, deve se tornar uma cidade aberta, internacional, de todos os povos e crenças.

“Jerusalém, especialmente a Cidade Antiga, que é facilmente identificável, tem que se tornar uma cidade internacional e aberta. Muitas pessoas de todas as religiões têm defendido que uma agência internacional passe a administrar a Cidade Antiga, pois ela é importante para todo o mundo e todas as religiões, e não apenas para israelenses e palestinos, judeus e muçulmanos”, disse, em entrevista ao G1, Oleg Grabar, professor de história da região na Universidade Princeton e um dos organizadores de “Where Heaven and Earth Meet: Jerusalem’s Sacred Esplanade” (Onde o Céu e a Terra se encontram: A esplanada sagrada de Jerusalém). Segundo ele, os cristão acabam não se envolvendo tanto na briga, pois o cristianismo não exige a peregrinação à cidade, por mais que a considere um lugar sagrado.


O livro está sendo apresentado internacionalmente como a primeira ocasião em que um grupo de autores israelenses, palestinos e de outras religiões se reuniu em uma única obra. Até agora, tudo o que era publicado tinha o ponto de vista ou de judeus ou de muçulmanos.

É uma obra que trata visualmente da história, da arqueologia e da antropologia da região.

“O objetivo do livro é ir além do debate político, mostrando que a cidade é um monumento da história, um monumento à religião, mas também um local belíssimo fisicamente. Questionamos o ponto de vista religioso, pois discordamos que os desejos e necessidades religiosos possam estar à frente do turismo global. Há 40 anos, quando comecei a estudar sobre Jerusalém, todos estavam interessados em visitar a cidade, e ela se preocupava em receber todas as pessoas do mundo. Isso mudou nas últimas três décadas, e a religião se tornou mais importante”, disse Grabar, por telefone.

Segundo ele, atualmente fica difícil separar política e religião, uma vez que a luta política tomou um formato religioso, que não tinha antes. Nenhuma entidade internacional, explicou, tem autoridade para resolver a disputa pelo local.



Disputa por territórios

A maior parte do livro traz consenso entre pesquisadores de diferentes religiões. Isso segue na história contada ali até o século XX. “Quando chegamos ao século XX, decidimos ter duas seções separadas, com as versões de israelenses e palestinos para o que aconteceu desde 1967, pois não havia como fazê-los concordar. Os dois contam os mesmos eventos, mas com um sabor completamente diferente, versões que não chegam a um acordo”, disse Grabar.


Na última semana, palestinos e israelenses elevaram o tom de suas declarações, deixando o clima no Oriente Médio tenso. Enquanto os muçulmanos da Palestina começam a buscar que a ONU reconheça os territórios como Estado, Israel ameaça anexar parte da Cisjordânia ocupada. O trabalho de mais de cinco anos de preparação do livro sobre Jerusalém passou por vários momentos de escalada na disputa diplomática na região, e o organizador diz que o momento atual é de desânimo.

“Quando começamos a organizar o livro, tínhamos esperança de que houvesse algum acordo e esperávamos que o livro fosse parte deste acordo, mostrando que as pessoas podem viver juntas mesmo sendo diferentes. Agora é muito mais difícil, pois o clima é mais de confronto e chegamos não saber se o livro poderia ser publicado. Espero que o livro ajude as pessoas a pensarem melhor sobre Jerusalém.”

Para ele, o problema é que os líderes dos dois lados envolvidos na questão se preocupam demais com os erros do passado, e não pensam adiante. “Acho que a solução viria com o pensamento no futuro, em 2020, tentando pensar como seria o mundo e como gostaríamos que a região estivesse, e aí passar a trabalhar neste sentido, em vez de continuar brigando pelo passado.”

Grabar disse ver com simpatia o esforço diplomático brasileiro em se envolver nos processos de pacificação entre Israel e Palestina. Para ele, o Brasil pode ajudar como intermediário por não estar diretamente envolvido na disputa, mostrando que a questão é relevante para outros países. “Jerusalém deveria ser uma cidade aberta para todas as religiões. Como chegar a isso é difícil, e requer envolvimento de todo mundo, inclusive do Brasil.”

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União Europeia escolhe hoje primeiro presidente do bloco

Os líderes dos 27 países-membros da União Europeia se reúnem nesta quinta-feira (19) em Bruxelas para decidir quem será o primeiro presidente fixo do bloco. O cargo passará a existir somente em 1º de dezembro, quando entram em vigor as mudanças propostas pelo Tratado de Lisboa.

Os nomes mais fortes que competem pelo posto são o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker; Jan-Peter Balkenende, premiê da Holanda; Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico; Herman Van Rompuy, premiê belga e considerado o favorito na disputa; e Vaira Vike-Freiberga, ex-presidente da Letônia e única mulher entre os candidatos mais fortes ao cargo.

Principais candidatos à Presidência da União Europeia
Herman Van Rompuy
Premiê da Bélgica
Democrata-cristão, conservador

Tony Blair
Ex-premiê do Reino Unido
Trabalhista, centro-esquerda

Jean-Claude Juncker
Premiê de Luxemburgo
Democrata-cristão, conservador

Jan Peter Balkenende
Premiê da Holanda
Democrata-cristão, centro-direita

Vaira Vike-FreibergaEx-presidente da Letônia
Independente

O eleito será escolhido por consenso durante a reunião, de caráter informal.

O detentor do novo cargo será o responsável por facilitar a coesão interna do bloco e representá-lo politicamente no exterior. O mandato é de dois anos e meio, e substitui o esquema de presidência rotativa - que atualmente está com a Suécia. O futuro presidente da UE não poderá ser chefe de governo de seu país durante o mandato.

Para Umberto Celli Jr., professor de direito internacional da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), a nova Presidência da UE, que passará a valer nos termos do Tratado de Lisboa, corrige uma deficiência política do bloco: a falta de representação comum em questões de política externa, o que diminui suas forças nas relações internacionais.

"Do ponto de vista da representatividade, ganha muito. Ela terá alguém que fale por ela, o que era uma das grandes deficiências [do bloco]", disse Celli. "A UE não tinha alguém que falasse por ela. Qual era a posição da UE frente à invasão dos Estados Unidos no Afeganistão? Só o que tinha, na verdade, eram os presidentes dos países-membros."

No papel, o novo presidente será o líder do Conselho Europeu, que é formado pelos governantes dos 27 países do bloco.

Outros dois novos cargos também serão preenchidos ao fim da reunião desta quinta-feira. Um deles é o de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, que será o responsável pela política externa, como um ministro das Relações Exteriores. O outro é o de Secretário-Geral.

Os bastidores da escolha
A imprensa internacional considera que o resultado da reunião desta quinta-feira é tão imprevisível quanto uma loteria.

Por exemplo, a indicação do Reino Unido, Tony Blair, não é muito do gosto do resto do continente. Muitos se sentem desconfortáveis com a ideia de serem liderados por um britânico que, como primeiro-ministro, manteve seu país distante do resto da Europa e não adotou o euro como moeda comum.

Além disso, Blair apoiou a guerra do Iraque liderada pelos EUA, que foi rejeitada por boa parte da população do continente.

Ao mesmo tempo, os jornais belgas alardeiam o favoritismo de Herman Van Rompuy. Quase um desconhecido na política internacional, o conservador pode sair vitorioso da disputa simplesmente porque é o candidato que atrai menos oposições.

Diplomatas dizem que se Londres conseguir uma vaga importante na Comissão Europeia - que também está negociando uma nova composição -, deve ceder o cargo de ministro europeu das relações exteriores a candidatos como o ministro do Exterior espanhol, Miguel Ángel Moratinos, e o ex-ministro do Exterior italiano Massimo d'Alema.

Nos últimos dias, cresceu a pressão para a escolha de uma mulher para pelo menos um dos três cargos - mas a única candidata forte, Vaira Vike-Freiberga, acusou de machismo os líderes do bloco que dizem não haver "mulheres qualificadas" para a Presidência. Crítica do secretismo envolvendo a escolha do novo chefe político europeu, ela também comparou a forma de eleição aos métodos da extinta União Soviética, segundo declarações publicadas pelo jornal britânico "The Times".

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"A economia já está globalizada, agora é preciso globalizar a política", diz Fernando Henrique Cardoso

quarta-feira, 18 de novembro de 2009




Quem é Fernando Henrique Cardoso? "O homem que pôs o Brasil para funcionar." É como Enrique Iglesias, secretário-geral ibero-americano, define esse líder global, peça chave na decolagem política e econômica de seu país. O milagre de Cardoso foi domar a hiperinflação com o Plano Real quando era ministro da Fazenda. O êxito do plano levou - por acaso, segundo ele mesmo - o sociólogo e intelectual à presidência do país, entre 1995 e 2003.

Cardoso (nascido no Rio de Janeiro em 1931) acaba de participar da conferência anual do Clube de Madri, do qual é membro, mas esta conversa ocorreu em 14 de setembro em São Paulo, no instituto que leva seu nome.

El País: Completa-se um ano da quebra do Lehman Brothers, do colapso de mais de 500 pontos na Dow Jones. Parecia que tudo vinha abaixo, mas um ano depois...
Fernando Henrique Cardoso: Um ano depois parece que não mais.

El País: Por quê? O que aconteceu?


Cardoso: O que aconteceu foi uma ação muito eficaz dos bancos centrais, ao contrário do que ocorreu em 1929. Os bancos puseram mais dinheiro em circulação, intervieram, e apesar de no início as pessoas terem se assustado, porque era um dinheirão, a verdade é que funcionou, conteve a sensação de colapso, porque o problema não era falta de recursos, mas falta de confiança em que se ia sair à superfície. E saímos. Houve e haverá custos, porque as dívidas são brutais, mas saímos.

El País: Cometeram-se erros nos quais já se havia caído antes...
Cardoso: É sempre assim. As pessoas querem ganhar mais, está na natureza humana e no sistema capitalista.

El País: Isso é o que disse Greenspan.
Cardoso: Claro, porque é verdade, e também para se desculpar...

El País: Hoje o sistema é mais flexível?
Cardoso: Talvez sim, porque a globalização evita o que aconteceu em 1929, o protecionismo. Hoje é mais difícil, apesar das tentações, cair no protecionismo. E o que eu disse: a coordenação entre bancos centrais. E coordenação política.

El País: Os líderes estiveram à altura?
Cardoso: Não estiveram mal. Nem todos, mas alguns estiveram bem. Gordon Brown agiu bem, apesar das críticas que recebeu. Os EUA foram muito indulgentes com os bancos que falharam. O peso da justiça deveria ter caído com mais força sobre os executivos. Se isso não ocorre é ruim, porque as pessoas se desmoralizam.

El País: De que havíamos nos esquecido?
Cardoso: Nos esquecemos constantemente de que o sistema é cíclico. O mecanismo é sempre igual e nos esquecemos de como funciona. O novo foi a globalização, os fluxos financeiros globais. Houve quem dissesse que a crise iria revolucionar o sistema. Eu não creio. Haverá mudanças, tomara que haja, mais prudência, mais responsabilidade, e instituições que regulamentem... Mas quando vier outro ciclo de expansão ocorrerão coisas muito parecidas.

El País: Então de quê deveremos lembrar?
Cardoso: Que não há segurança no sistema financeiro. Há risco, e isso às vezes leva ao desastre. Mas também não se podem impor regras que freiem demais a dinâmica do sistema. De alguma maneira, a especulação é uma parte intrínseca; as pessoas dizem: aí há dinheiro, isso rende... Isto não quer dizer que não haja necessidade de mais prudência, mais instituições... o papel dos bancos centrais é esse. O que acontece é que ainda não há um banco central dos bancos centrais. E o mundo está globalizado, os fluxos afetam todos os países.

El País: Então não se trata de mudar o sistema?
Cardoso: É difícil pôr de pé um novo sistema. Trata-se de ter novas regras e uma nova distribuição de poder global.

O café acaba de chegar. Cardoso precisa disso, acaba de chegar de uma longa viagem pela Ásia. Tocam os sinos das 6 da tarde em seu amplo escritório, do qual se veem árvores esplêndidas e tristes edifícios. "Este é o centro antigo de São Paulo, um pouco deteriorado. Lévi-Strauss disse certa vez algo cruel, mas verdadeiro: que as cidades das Américas entram em decadência sem jamais ter chegado ao auge."

El País: Onde estão os pensadores que têm de refletir em épocas de crise?
Cardoso: Em casa. E há necessidade de intelectuais com brio, gente que pense grande e dialogue com a sociedade. O que há são negativistas, têm o faro virado para trás. É preciso olhar para a frente, aceitar que a globalização está aí, que a Internet está aí, que há novas formas de produção, de comunicação. Não podemos cair em utopias regressivas: "Queremos voltar ao pré-capitalismo". Não! Também é indubitável - a crise demonstrou isso - que o mercado, se não houver regras, se descontrola. E não corresponde ao mercado resolver os problemas das pessoas.

O mercado resolve os problemas da produção. As pessoas querem governos, ação pública. O problema é que há necessidade de uma visão humanista que não seja incompatível com a globalização. E há um grande vazio. Os ultraliberais pensam que não há necessidade de nada, que o mercado se encarrega de tudo, e os que se dizem de esquerda pensam que é preciso mudar a globalização, buscar outro modo de produção... Não, é preciso democratizar as instituições globais e preocupar-se com a condição de vida das pessoas.

El País: As grandes crises, segundo o clichê, criam oportunidades de mudança.
Cardoso: Talvez esta crise produza uma aceleração da consciência de que é preciso fazer algo. Mas isso depende da liderança, da liderança com visão. Houve mudanças positivas, como a eleição de Obama. Seria necessária uma visão americana à Roosevelt por parte de Obama. A visão de Roosevelt foi muito ampla, às vezes ingênua, mas é bom que um líder tenha uma visão ampla e generosa como a que ele teve nos EUA antes da guerra, e depois para a Europa durante a guerra. Também é preciso que a China assuma suas responsabilidades; tem uma visão muito para dentro, é preciso mudá-la. E é necessário que a Europa assuma uma posição protagonista; há um enorme déficit de presença europeia.


El País: E onde falam todos eles? A ONU serve para coordenar?
Cardoso: A ONU foi organizada para os países que saíram vitoriosos da guerra. Agora... se funcionasse, não seria preciso o G-20. Cumpre missões importantes, se renovou, tem consciência ecológica, criou os indicadores de desenvolvimento social... Como agência transformadora, faz um grande trabalho. Mas seus mecanismos não lhe permitem ter agilidade para ser um diretório mundial. O G-20 é mais ágil, mas para ter influência deveria se institucionalizar. Se não, faz-se uma foto e aprovam recomendações que não são cumpridas. No fundo, o novo é que há 20 países com capacidade de jogar o jogo global. A economia já está globalizada; a política, não. E é preciso globalizá-la. O que não significa criar um governo universal, uma moeda única... não, é preciso coordenar. É preciso criar mecanismos de coordenação.

El País: Outra reflexão global que o senhor propõe é legalizar certas drogas para acabar com o narcotráfico. Crê que esse debate avança, que outros líderes também o apoiam?
Cardoso: Relativamente. Há iniciativas na Argentina, no México, aqui no Brasil... em Portugal, na Inglaterra também se discute... Não apenas é sensato tratar o usuário como um doente, e não como um criminoso; trata-se de combater o tráfico, de concertar os recursos da polícia para lutar contra o crime, e não o uso. Deve-se ter uma política mais sutil e concertar melhor os recursos contra o narcotráfico, o crime e a corrupção que ele produz. O preocupante para mim é a droga dura e o crime ao seu redor, que se globalizou. Não há mais máfia tradicional, com seu chefão e suas lealdades. Agora é a Al Qaeda, as células em rede que usam a Internet, que têm submarinos... algo que exige jurisdição universal e, sobretudo, que exige pensar globalmente. Ou pensamos globalmente ou não pensamos. Os problemas são de todos, da humanidade. Os Estados são nacionais; alguém tem de se ocupar da humanidade, e é preciso articular isso globalmente.

El País: O senhor acaba de mencionar Obama. O que é que se deve pedir dele?
Cardoso: O que se pede a qualquer líder: realizar o que prometeu. Ele está muito empenhado em levar adiante a reforma da saúde. Se o conseguir, parabéns. Obama trouxe um estilo novo; o que ele faz não é improvisado e usa os métodos modernos - de imagem e comunicação - para estender sua mensagem. Mas haverá um momento em que ele terá de cumprir, porque a opinião pública não é paciente, embora ele não tenha criado a crise econômica, nem o Iraque, nem o Afeganistão...

El País: E o que há de outras lideranças?
Cardoso: Preocupa-me não saber quem é o Obama europeu... Veja Tony Blair: apesar de seu erro no Iraque, se fosse presidente da UE a Europa teria mais peso. É preciso alguém como ele, alguém como Felipe González... Como no horizonte não há guerras globais, parece que isso diminuí a estatura da liderança. Não há grandes desafios militares, os desafios são econômicos e sociais. A história amplia o líder quando o coloca diante do desafio. Agora os desafios são de outra natureza, são mais de processo que de ato. Não sei se é mais difícil, mas é diferente, menos visível.

El País: E na América Latina?
Como o senhor vê a brecha política entre os países andinos e o resto, embora seja muita generalização? A diferença entre populistas e social-democratas ou liberais?
Cardoso: Os populistas históricos, como Perón na Argentina ou Vargas no Brasil... Perón foi um demagogo, Vargas era um aristocrata, sempre com sua gravata, seu charuto, seu chapéu; mas ambos tinham em comum o objetivo de uma inclusão social forte dos trabalhadores. Os dois viveram momentos de expansão com emprego, o que lhes deu sua base de popularidade, e com leis sociais. Esse era o populismo. Hoje se chama Chávez de populista. Em certo sentido, sim, é um líder que tem força carismática, que fala... mas Chávez, o que faz? Está realmente expandindo o sistema de emprego? Tenho minhas dúvidas. Está fazendo inclusão ou outra coisa?

O que faz é uma transferência de rendas do petróleo que passam do governo para a população, uma espécie de assistencialismo. E defende uma ideologia antiglobalizadora e estatizante. O outro modelo, o social-democrata à americana, é o do Chile, Uruguai, Brasil... que diferença há entre meu governo e o de Lula no modelo econômico? Muito pouca: é basicamente social-democrata, quer dizer, respeito ao mercado, sabendo que o mercado não é tudo, e políticas sociais eficazes. Todos aprendemos a fazer políticas sociais, o Chile aprendeu, o México aprendeu, o Brasil aprendeu, o Uruguai já as tinha... isso melhorou a situação. A social-democracia não é antiglobalizadora; o populismo de hoje, sim. A social-democracia tem políticas sociais; nos países andinos há políticas de assistência direta.

El País: O senhor teve boas relações com Hugo Chávez, embora hoje lhe preocupe...
Cardoso: Eu creio que Chávez tem uma audácia que jamais teve nenhum líder latino-americano. Nem mesmo Fidel.

El País: Em que a baseia?

Cardoso: Primeiro ponto: em que o mundo já não está dividido em dois lados e ninguém lhe faz muito caso, nem os americanos. Segundo ponto: ele tem dinheiro, por causa do petróleo; e terceiro ponto: nele mesmo, que tem uma base de pessoas que o apoiam.

El País: Como acabará esse coquetel, se for agitado?
Cardoso: Pode acabar mal. Não creio que chegue ao ponto da violência, mas... vamos ver o que acontece com os preços do petróleo. Agora, Chávez existe porque a classe dirigente venezuelana fracassou. Pela corrupção, por não olhar para as massas... Chávez sim, olhou, e esse é seu mérito, retóricas à parte, e descobriu um senso de dignidade que ninguém deve desprezar, o mesmo que Morales descobriu com os indígenas... É uma visão de uma utopia regressiva, mas é preciso matizar as críticas. Há gente que me diz que não critico Chávez porque me dou pessoalmente bem com ele, e é verdade, quando fomos presidentes ao mesmo tempo, embora não fosse este Chávez. E eu tinha mais capacidade de conversar com ele e de tranquilizá-lo.

Mas não é só por razões pessoais, é que é preciso entender o processo venezuelano, o fracasso da elite; e a oposição a Chávez foi muito ruim, tentou um golpe de Estado e não se recompôs... Agora ele está indo muito longe em sua repressão à mídia, na universidade... e isso puxa seu tapete; não têm desculpas para esse tipo de coisa. E por que armar-se tanto? Não tem sentido: essa coisa de armas é uma provocação.

El País: Michael Reid diz em seu livro "O Continente Esquecido" que é cautelosamente otimista sobre a América Latina, que o progresso começa a ganhar vantagem...
Cardoso: Eu concordo. Veja o Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, México... Eu também sou um otimista cauteloso. De uma maneira ou de outra, a dívida externa não é mais um problema, a inflação não é mais um problema. Aprendemos a desenvolver políticas sociais. A democracia é um valor; às vezes há abusos, pressões, clientelismo... mas há um avanço geral.

El País: Nessa América Latina, e no Brasil concretamente, como se vê a Espanha?
Cardoso: Como um parceiro importante. A Espanha tem presença, está à frente dos investimentos europeus no Brasil e tem posições estratégicas em telecomunicações, em bancos. O único banco estrangeiro forte aqui é o Santander. Os EUA têm mais presença quantitativa, mas o crescimento do papel da Espanha é enorme. Agora não sei se terá gás para entrar em novos campos de atividade, com essa crise doméstica tão forte e essa saída lenta da crise que se prevê...

Fernando Henrique Cardoso recebe uma ligação telefônica em seu celular. É seu filho mais velho, Paulo Henrique (ele também tem duas filhas; ficou viúvo no ano passado), que quer saber como está depois de sua viagem à Ásia - "Bem, estou tranquilo" - e o que faz - "Estou dando uma entrevista a "El País". Corta rápido, com a promessa implícita de retomar em seguida a conversa - "muito bem, depois me dê os detalhes, até logo".

O café esfriou; lá fora já está escuro. Chega a vez da política brasileira, da presidência de Lula - ao qual derrotou duas vezes, em 1994 e 1998 -, das eleições do próximo ano... Cardoso prefere falar "off the record" que o que complica Lula às vezes são as ligações de seu partido com Chávez; a necessidade de que o Brasil assuma a liderança regional e global que lhe corresponde, "mesmo que seja preciso tomar decisões antipáticas"; das possibilidades que tem nas eleições de outubro de 2010 o candidato de seu partido, José Serra - "Se fossem realizadas hoje, ganharia sem dúvida" -, e das dificuldades da candidata de Lula, Dilma Rousseff, para ter a mesma capacidade de mediação que Lula tem entre as diversas correntes do partido. Por enquanto, acrescenta, está demorando muito para decolar nas pesquisas: "Está há tempo em campanha, mas não tem gás e lhe complica a candidatura de Marina Silva, que é uma mulher ecologista interessante".

Cardoso, sempre em chave de política brasileira, teme que o processo de reformas dos últimos anos seja desacelerado e crê que é especialmente importante - e difícil, devido ao corporativismo sindical - a reforma trabalhista. "A economia vai bem; as instituições, nem tanto."
Em todo caso, afirma que não vai se envolver no dia a dia da longa campanha que levará às presidenciais de outubro de 2010. "Fui presidente, não sou candidato a nada. Meu papel é outro; tento buscar convergências."

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Banco Mundial adverte que Economia poderá enfrentar problemas maiores em 2010

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


O Banco Mundial (Bird) advertiu nesta sexta-feira em Cingapura que a economia mundial enfrentará sérios obstáculos em 2010, incluindo o desemprego em grande escala nos países desenvolvidos, bolhas de ativos e um retorno do protecionismo.

Em uma apresentação durante a reunião anual do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que acontece em Cingapura, o presidente do Bird, Robert Zoellick, apresentou uma lista de potenciais problemas para a economia mundial, que tenta sair da pior recessão desde 1930.

- A razão pela qual estou falando desta questão é porque estamos em um ponto da recuperação no qual a confiança é muito importante. Se restarem bolhas de ativos que não forem solucionadas corretamente, a confiança pode ser minada em 2010, que é o ano que mais preocupa.

Zoellick afirmou que os altos níveis de desemprego, em particular nos países mais ricos do mundo, podem criar uma "segunda onda" de crise bancária com a interrupção de pagamentos de empréstimos, cartões de crédito e hipotecas.

Ele disse ainda que o consumo nos Estados Unidos, que levou a economia mundial para frente em outras crises, não pode ser esperado agora.

Zoellick também apontou para os sinais de que os países afetados pela crise estão tentando recuperar suas economias com o retorno do protecionismo.

- Por enquanto é uma febre pequena e não se trata de uma gripe. Mas se tivermos desemprego em grande escala, é preciso ser cuidadoso, porque os líderes políticos estarão sob pressão e, infelizmente, uma das coisas que geralmente mais os deixa tentados é elevar as barreiras comerciais.

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Curso que ensina masturbação para jovens causa polêmica na Espanha

quinta-feira, 12 de novembro de 2009



Um novo curso escolar que ensina masturbação a jovens de 14 aos 17 anos está provocando polêmica entre pais e educadores na Espanha.

O curso faz parte de um programa introduzido pelas Secretarias de Educação e Juventude da província de Extremadura, e intitulado “O prazer está em suas mãos”. Ele pretende acabar com mitos para que os adolescentes entendam a sexualidade de forma natural.

As aulas sobre sexo serão facultativas nas escolas de segundo grau da província de Extremadura (oeste do país) a partir de novembro. Os conteúdos vão de anatomia e fisiologia sexual masculina e feminina até técnicas de masturbação e uso de objetos eróticos.

Para a secretária de Juventude de Extremadura, Laura Garrido, o novo curso “não deveria escandalizar a ninguém, principalmente porque todos nós fomos adolescentes algum dia e todos nós temos sexualidade”.

Consciente das críticas de grupos de pais de alunos e veículos de comunicação conservadores, que classificaram a atividade escolar de imoral e irresponsável, a secretária disse à BBC Brasil que “resumir tudo em uma polêmica sobre como sentir prazer é uma barbaridade”.

“O programa tem muitos mais aspectos, como hábitos saudáveis, auto-estima, afetividade, identidade de gênero, doenças de transmissão sexual... e esperamos derrubar muitos mitos negativos sobre a masturbação, é óbvio”.

Dúvidas

A Secretaria de Educação de Extremadura elaborou 1.200 livros em formato revista com exemplos de dúvidas habituais de adolescentes sobre o tema e as respectivas respostas de educadores e sexólogos.

O material didático das aulas inclui mapas da anatomia humana, explicações sobre tipos de brinquedos eróticos, endereços úteis e até um baralho que coloca os jogadores em exemplos de situações de risco como uma ereção prolongada ou uma infecção genital, para que saibam como resolver os problemas.

Os slogans do curso escolar - “O prazer está em suas mãos” e “Prazer quando e onde você quiser” - foram aprovados pelo Instituto da Mulher de Extremadura (ONG que reúne associações feministas locais), porque consideram as aulas necessárias para que os jovens entendam que o sexo não é apenas um ato físico.

“Se esse curso conseguir que os nossos filhos se desenvolvam através de uma sexualidade saudável, será mais fácil evitar condutas discriminatórias e agressivas em suas relações”, disse à BBC Brasil a diretora geral do Instituto da Mulher, Maria José Pulido.

“É importante que pais e educadores possam tratar a sexualidade como um comportamento, uma expressão afetiva e de saúde também”.

Fórum na internet

Mas nem todos os pais de alunos estão de acordo. A Associação de Pais Católicos de Extremadura formou um grupo de protesto chamado “Cidadania para a Educação” e ameaça levar o governo regional aos tribunais.

O grupo abriu um fórum de debate na internet e enviou uma carta ao governador local reclamando do novo curso escolar.

“Exigimos ser informados previamente da natureza, do conteúdo e da orientação de toda atividade que tenha alguma implicação de caráter moral, porque somos os primeiros e principais educadores de nossos filhos”, diz a carta.

A presidente da associação, Margarita Cabrer, disse à BBC Brasil que ainda não recebeu resposta do governo e que o grupo de pais estuda vias legais para processar o Estado se o curso continuar até o fim do ano letivo (junho de 2010).

“O problema não é o ensino de masturbação. Não me preocupa que meus filhos se masturbem. O que me preocupa é que um adulto, cujos hábitos e valores morais eu desconheço, seja quem ensine os meus filhos a fazê-lo”, afirmou.

Cabrer disse também que espera uma intervenção imediata do Juizado de Menores de Extremadura, porque acha que o curso pode infringir o código penal nos artigos sobre corrupção de menores.

A assessoria de imprensa do Juizado de Menores de Extremadura não quis fazer comentários sobre o assunto à BBC Brasil.

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Denúncia:Padre profanando a Santa Missa

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

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Três Terremotos em Ilhas Fiji, Indonésia, Tibet e mais a passagem de Furacão em El Salvador, causaram mortes e estragos

Terremoto de magnitude 7,2 atinge as Ilhas Fiji

Epicentro está localizado a 102 km ao norte da capital Suva.Ainda não há informações sobre estragos ou vítimas.

Um terremoto com magnitude de 7,2 atingiu as Ilhas Fiji nesta segunda-feira (9), informa o Instituto de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos. Até o momento, não há informações sobre estragos ou vítimas.

De acordo com o instituto, o tremor ocorreu por volta das 22h44 (horário local), 8h22 horário de Brasília, a 585 quilômetros de profundidade.

O epicentro está localizado a 102 quilômetros ao norte da capital de Fiji, Suva e a 2.215 quilômetros ao norte de Auckland, na Nova Zelândia.

Terremoto de 6,7 graus na Indonésia deixa 2 mortos e
38 feridos


Mortes foram na na aldeia de Raba Ngodu, que sofreu blecaute imediato.Apesar da potência e proximidade da costa, não houve alerta de tsunami.

Pelo menos duas pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas quando um terremoto de 6,7 graus de magnitude na escala Richter sacudiu o mar da ilha de Sumbawa, na Indonésia, informaram fontes oficiais

O distrito mais afetado foi o de Bima, onde uma ponte caiu e dezenas de moradores fugiram para as montanhas por temor de um tsunami, segundo o chefe do centro de desastres do Ministério da Saúde, Rustam Pakaya.
Duas pessoas morreram na aldeia de Raba Ngodu, que sofreu um blecaute imediato quando ocorreu o tremor, enquanto várias testemunhas disseram que pelo menos uma clínica, quatro colégios e cerca de 50 casas caíram.

O terremoto aconteceu às 3h41 de segunda-feira (9) local (17h41 do domingo de Brasília) a 16 quilômetros a noroeste da cidade de Raba, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Seu epicentro foi localizado a 8,32 graus latitude sul e 118,69 graus longitude leste, a 18 quilômetros sob o nível do mar e foi sentido pelos turistas na ilha próxima de Lombok.
Apesar da potência, proximidade da costa e pouca profundidade do tremor, as autoridades indonésias não declararam um alerta de tsunami.

Passagem de Furacão em El Salvador deixa pelo menos
124 Mortos


Mortes em El Salvador

Subiu para ao menos 124 o número de mortos em inundações, transbordamentos de rios e deslizamentos de terra em El Salvador após a passagem do furacão Ida, informou neste domingo (8) o governo daquele país. Equipes de resgate ainda procuram sobreviventes.

Além dos resquícios da passagem do furacão, um sistema de baixa pressão que se encontra sobre a costa do Pacífico também foi responsável pelos danos.

O número de vítimas em El Salvador poderá aumentar, disse o Ministério do Interior, já que os agentes do resgate se dirigiam às regiões mais atingidas. Pelo menos três rios principais em regiões diferentes do país transbordaram. O governo declarou estado de emergência em cinco departamentos do país.

O furacão, que chegou na noite deste domingo (8), às águas do sudeste do Golfo do México, havia aumentado à categoria 2 de intensidade na escala Saffir-Simpson, que possui cinco níveis.

Com a aproximação, o centro emitiu estado de alerta para a costa Sul dos Estados Unidos, desde o estado de Louisiana até o sudoeste da Flórida. O governo de Louisiana declarou estado de emergência para mobilizar recursos e preparar-se para a chegada do furacão.Com ventos de até 165 quilômetros por hora, o Ida deixou para trás a península mexicana de Yucatán e o sinal de atenção para a região foi cancelado.

O centro do Ida estava situado, às 22h, a 225 quilômetros a noroeste de Cuba e a 720 quilômetros do estado do delta de Mississipi.

Terremoto de 5,6 graus sacode sudoeste do
Tibete

Um terremoto com magnitude de 5,6 graus na escala Richter sacudiu a localidade de Xigaze, situada na região autônoma do Tibete, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".
Segundo a Rede Sismológica Nacional da China, o terremoto aconteceu entre os distritos de Ngamring e Saga às 4h08 deste domingo (8) no horário local (18h08 de sábado em Brasília).
Por enquanto não foram registradas vítimas nem danos materiais, acrescentou a imprensa local.
O epicentro foi localizado a 29,4 graus de latitude norte e 86,1 graus de longitude leste, com profundidade de 33 quilômetros.
Fonte:G1

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