Obama irá à Conferência do Clima das Nações Unidas em Copenhague

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Presença do presidente americano era alvo de apelos de outros líderes.Ele citou semana passada desejo de fechar 'acordo operacional imediato'.

Obama disse: 'Nosso objetivo lá... não é um acordo parcial ou uma declaração política, mas sim um acordo que cubra todas as questões presentes nas negociações e um que tenha efeito operacional imediato"

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15). Um funcionário do governo americano afirmou nesta quarta-feira (25) que Obama estará em Copenhague, Dinamarca, sede do evento, no dia 9, dois dias depois do início da conferência.

As grandes decisões sobre compromissos e eventuais metas só serão tomadas no final da COP, entre os dias 17 e 18 de dezembro.

Na terça-feira da semana passada, Obama declarou, em visita à China, que as negociações para enfrentar o aquecimento global devem chegar a um novo acordo com “efeito operacional imediato”, ainda que o objetivo original de um pacto com efeito jurídico vinculante (ou seja, um tratado, com metas compulsórias) esteja ao que tudo indica fora do alcance.

"Nosso objetivo lá... não é um acordo parcial ou uma declaração política, mas sim um acordo que cubra todas as questões presentes nas negociações e um que tenha efeito operacional imediato", disse. O presidente americano não especificou, porém, o que seria um acordo com efeito operacional imediato.



EUA e China respondem juntos por 40% das emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO2) emitido pela queima de combustíveis fósseis.



A legislação sobre energia limpa dos Estados Unidos está em debate no Senado . Avalia-se que a Conferência do Clima não tem condição de decidir muita coisa se o Congresso dos EUA não tiver resolvido se aprova ou rejeita o projeto de lei.



Em uma iniciativa inédita, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) aprovou no dia 26 de junho por 219 votos contra 212 uma lei climática que estabelece limites para emissões de gases-estufa e cria um mercado nacional de créditos de carbono. Ela fora apresentada pelos democratas no dia 31 de março.



De autoria dos parlamentares Henry Waxman (Califórnia) e Edward Markey (Massachusetts), a Lei de Energia Limpa e Segurança da América, de 1.200 páginas, fixa um compromisso de redução de emissões de 17% até 2020, em relação aos níveis de 2005. Os compromissos delineados pelo Protocolo de Kyoto, ao qual os EUA nunca aderiram, referem-se aos níveis vigentes em 1990.



Já no Senado, a meta de corte subiu 3 pontos porcentuais, para 20% (confira mais detalhes no infográfico abaixo), por iniciativa da senadora democrata Barbara Boxer (também com base eleitoral na Califórnia). A meta pedida por Obama no primeiro esboço do projeto era redução de pelo menos 25%.

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