Prêmio Nobel muito pessimista sobre o futuro da economia dos EUA

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

KRYNICA, Polónia, 11 Set 2009 (AFP) - A dívida acumulada pelos EUA para sair da recessão inibirá o crescimento durante décadas e o setor financeiro americano, quase nulo, deverá enfrentar reformas profundas, declarou nesta sexta-feira o Prêmio Nobel de Economia americano, Edmund Phelps.

“Tenho um pressentimento sombrio sobre a economia americana para as próximas décadas”, declarou o economista americano e Prêmio Nobel de 2006 durante o Fórum econômico de Krynica, o chamado “Davos do leste europeu”.

“Considero o sistema financeiro quase inútil no que se refere ao desenvolvimento da propriedade nos Estados Unidos”, declarou Phelps. “Deverá ser reformado e de algum modo o princípio de concorrência pode ser obtido em algumas décadas, mas não acredito que podemos esperar tanto tempo”, acrescentou.

“As medidas adotadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central) americano para injetar liquidez nos mercados financeiros podem gerar inflação forte”, insistiu.

“A injeção em massa de liquidez do Fed é uma ameaça: existe realmente um risco de inflação, mais do que admite o governador do Fed, (Ben) Bernanke”, disse.

“Quando a economia americana atingir o fundo e começar a se recuperar um pouco, teremos um nível muito elevado de endividamento do Estado, uma situação que poderá ser sustentada apenas com um imposto marginal muito elevado que, durante inúmeros anos, provocará o adiamento de muitas atividades inovadoras”, lançou.

Após a quebra de estabelecimentos financeiros no país, a economia americana entrou em recessão em dezembro de 2007, desencadeando uma crise mundial.

Após a injeção estatal de 800 bilhões de dólares para estimular a economia, a maioria das previsões destaca que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) será retomado no terceiro trimestre após uma contração de 1% no segundo trimestre e uma queda de 6,4% no primeiro.

fonte: Uol Economia

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