Iniciativa pró-conversão de Bento 16 pode esvaziar anglicanismo

quarta-feira, 21 de outubro de 2009



O anúncio feito ontem (30) pelo papa Bento 16 no sentido de facilitar a conversão de fiéis da Igreja Anglicana em católicos levantou temores de que a instituição britânica seja esvaziada. Existem cerca de 77 milhões de anglicanos no mundo.




Reportagem do jornal americano "The New York Times" publicada nesta quarta-feira afirma que o bispo de Fullham, o reverendíssimo John Broadhurst, que chefia uma instituição contra a ordenação de mulheres como bispas anglicanas, espera perder até mil bispos. Outra líder da comunidade, Christina Rees, chefe de uma organização favorável à ordenação de bispas, diz que a ação papal foi "predatória".

Essa iniciativa de Bento 16 foi um duro golpe contra os esforços do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, líder espiritual da comunidade anglicana, em evitar novas fragmentações na Igreja. Inclusive, Williams foi formalmente informado sobre a decisão do papa apenas no final de semana passado. Em carta aos bispos, ele evidenciou seu desconforto e lamentou não ter alertado anteriormente, porque só foi informado "em estágio avançado".

O papa Bento 16 quer fazer da união católica o seu legado, observa o "NYT".

Conversão

Conforme o Vaticano, a facilitação de conversão de anglicanos foi uma resposta aos pedidos de fiéis descontentes com as recentes ordenações de mulheres e de bispos homossexuais.

Bento 16 aprovou o documento segundo o qual anglicanos podem se unir ao Catolicismo --individualmente ou em grupos--, mantendo algumas de suas tradições, porém sob a sua liderança. Desta forma, o papa permitiu a anglicanos a concessão de uma divisão pessoal, parecida com do Opus Dei --no caso dos anglicanos, porém, a criação dos ordinariatos pessoais dependerá de um bispo particular, e não do diocesano.

Foi talvez o passo mais claro e ousado do Vaticano em receber anglicanos descontentes desde que o rei Henrique 8º, da Inglaterra, rompeu com o papa e se proclamou chefe da Igreja Anglicana, no século 16.

Essa nova estrutura prevê a ordenação de clérigos anglicanos não casados como bispos que supervisionarão comunidades de ex-anglicanos convertidos católicos que reconhecem o papa como líder. Já os clérigos anglicanos casados poderão ser ordenados sacerdotes católicos e permanecer casados, mas jamais poderão ser bispos. As novas regras, que entrarão em vigor em breve, não afetam a proibição do Catolicismo de que seus próprios sacerdotes se casem.

No passado, exceções deste tipo foram concedidas apenas pontualmente, em alguns países. Agora, todo anglicano do mundo pode integrar a estrutura católica, se quiser.

O último anglicano famoso a se converter ao Catolicismo foi o ex-premiê britânico Tony Blair (1997-2007), que o fez após deixar o cargo.


OPINIÃO: FONTE-FIMDOSTEMPOS.NET> Muitas pessoas estão me escrevendo e telefonando abismadas com esta notícia, entretanto aqui é preciso discernimento e ponderação. E sabedoria! Todos estão preocupados que isso não venha do Papa Bento XVI e que se trata de manobra da fera, tentando na realidade destruir a Igreja. E pergunto: acaso temos o direito de negar a vida plena a quem tem sede e fome da verdade?

Então pensemos um pouco! Veja que há tempos atrás, quando se começou a falar no ingresso destas 400 mil anglicanos na comunhão com a Igreja Católica, um cardeal de Roma, daqueles não fiéis, declarou abertamente que “a Igreja não estava interessada nisso agora”. E foi silenciado imediatamente, porque esta não é a opinião da Igreja de Pedro, por Sua Santidade o Papa Bento XVI. E não é – por tudo o que sinto – a opinião do Céu. Porque Jesus pede insistentemente a UNIDADE, mas unidade sob Pedro. E é isso que se está propondo agora.

Vejam que existe este tal de ecumenismo tão propalado, mas ele é uma linha de duas mãos. Existe uma corrente herética dentro dele, que brotou da má interpretação do Concílio Vaticano II, que caminhou no sentido do ecumenismo maçônico, onde todos os credos são iguais, porque dizem que Deus é um só. Alto lá! Deus é sim, um só, mas nem todos os credos levam a este mesmo e único Deus. O falso ecumenismo aceita dialogar em pé de igualdade até com os adoradores de Baal, e os seguidores de Belzebu, espíritas e macumbeiros. E não existe identidade entre o Deus Altíssimo e Belial. Este ecumenismo é falso, vem de satanás, e não tem nada a ver com a Igreja Católica. For com ele!

Vejam que a Igreja afirma com todas as letras, pela voz do santo Padre: “O único ecumenismo possível é aquele que visa trazer de volta ou fazer ingressar na Igreja os que estão fora dela ou separados”. Ou seja: não podemos ceder um milímetro na verdade, no cerne da sã doutrina, para acolhermos outros credos. São eles que precisam acolher na íntegra a Doutrina Católica, com todos os seus dogmas, imagens e Maria, Sacramentos e Tradição, e não a Igreja que deva abdicar de tudo isso, em nome de uma falsa União.

No tempo antigo, durante o êxodo, um dos povos que habitava o deserto, aceitou o Deus de Israel, e integrou-se ao povo judeu. Durante a história da Igreja, milhares de pessoas que praticavam outros credos se converteram e assumiram a Doutrina Católica, e já houve grupos que fizeram isso. O que não se pode, JAMAIS é fechar as portas à união, apenas porque determinadas arestas acessórias, relativas à normas, são impossíveis de serem aparadas.

Que acontece neste caso? Trata-se de 400 mil pessoas que desejam integrar-se à Igreja de Pedro, porque perceberam que a barca deles é furada. Vem a tempestade aí e não existe lugar no ancoradouro para duas barcas, somente a de Pedro tem espaço, as outras todas afundarão. É então o Espírito Santo que age no sentido da União, não se trata de espírito de anátema e divisão. Além do que, o Cardeal Levada é amigo pessoal e fiel ao Papa Bento XVI, e não deverá estar entrando numa furada. A União virá, queriamos ou não!

Vejam, em síntese serão admitidos em torno de 20 bispos anglicanos, entretanto eles perdem o episcopado e se tornam apenas sacerdotes comuns, depois de ordenados. O bispado, a direção da Igreja, somente pode ser exercido por um Bispo Católico, não casado, nem poderão ser ordenados bispos os pastores que se ordenarem. Aceitar isso da parte deles é sinal de humildade e um gesto claríssimo de boa vontade.

Quanto a estes é preciso saber duas coisas: 1) A Igreja Católica simplesmente não tem condições de oferecer sacerdotes católicos suficientes para atender a demanda destes novos 400 mil novos integrantes. 2) Não existe forma de retroceder quanto a estes pastores, porque eles já estão casados e não há como integrar todas estas pessoas em perfeita comunhão com a Igreja católica, onde os sacerdotes devem ser celibatários.

Trata-se, então, de uma situação incontornável, sem o emprego da sabedoria. Como diz o ditado, o que não tem remédio, remediado está! Importa sim, entretanto é fazer com que estes pastores realmente sejam ordenados sacerdotes, pelos bispos católicos, depois de terem feito os cursos de adaptação.

Ora, o sacerdócio celibatário é apenas uma norma da Igreja, e em síntese não implica em nenhum óbice, uma vez que os apóstolos eram casados. Pedro tinha uma esposa e tinha filhos! A Igreja Católica, porém, sabiamente, optou pela exigência do celibato, porque ele é mil vezes melhor do que os padres hoje tivessem esposas e filhos. Um padre com filhos rebeldes ou esposa adúltera perde toda a moral de defender a moral. Solteiro não corre este risco grave!

Ou seja; em síntese, não há como não ceder nesta parte, até porque para os novos padres será exigida a norma católica. Quando os atuais pastores casados, que forem adiante ordenados vierem a falecer tudo volta ao normal, sem problemas. O que se precisa é manter vigilância constante sobre estes novos sacerdotes, e sobre as normas do culto Católico, para evitar desvios e desmandos.

O fato de o Papa aceitar que certos ritos que são próprios dos protestantes sejam incorporados, não quer dizer que isso venha a tirar o valor das celebrações. Mas eles precisarão celebrar validamente a Santa Missa, e não a ceia a que estão acostumados. Acreditem, milhares deles chorarão de alegria no dia em que receberem Jesus Eucarístico. Como é que podemos privá-los desta alegria?

Ademais, a Igreja Católica tratará de emitir um documento sólido, bem embasado na nossa Doutrina, ao qual deverão se submeter os novos católicos. Eu, pessoalmente recebo com muita alegria e confiança esta notícia, até porque esta é apenas a primeira das grandes levas de povo a se integrar ao verdadeiro e único rebanho de Cristo.

De fato, se tantos acham impossível que isso aconteça e se pensam que a Igreja Católica não deve aceitar estas mudanças porque isso significa abrir precedente aos nossos maus padres que querem casar, ou que seria a quebra de uma norma rígida, devem pensar adiante e ver como se dará a conversão do Povo Judeu e sua integração ao catolicismo. Isso acontecerá ainda, pela aceitação deles, de Jesus como Messias. Afinal é bem mais fácil acolher e integrar nossos irmãos separados pela norma protestante, do que os judeus que não confessam a mesma fé em Cristo.

Assim, vamos com calma, empregando a sabedoria e o discernimento. Tudo mostra que simplesmente não existe possibilidade alguma de se fazer a Unidade através da Igreja Católica como cerne, sem que ela própria ceda em algo, especialmente se isso se refere a apenas normas e ritos. O que ela NUNCA pode ceder é na questão dos Dogmas, nem dos Sacramentos, nem das Imagens de Culto, nem do Culto amoroso a Maria Santíssima, como nós o temos. Normas são detalhes, não são essência doutrinal e podem ser mudadas ou adaptadas!

Rezemos para que aconteça a unidade, também com Luteranos e Ortodoxos. De fato isso virá adiante, ao sopro fortíssimo do Espírito Santo. Este é apenas o primeiro hálito!

aarão

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Os anglicanos

Muitas pessoas ainda ficam meio desconfiadas com esta questão da volta dos anglicanos à comunhão plena com a Igreja. Abaixo um pequeno texto, para tirar quaisquer dúvidas. Realmente não se trata de TODOS os anglicanos, mas dos concervadores. os liberais, aqueles que aceitam casamentos gays, pastores gays e ordenação de mulheres estão fora. Os que voltam são uma linha disidente que vem por convicção e verdadeira conversão. Vejam!

Conversão de anglicanos… Não são quaisquer fiéis!

2009 outubro 21
Por Rafael Vitola Brodbeck

Com o recente anúncio da conversão dos anglicanos tradicionalistas da TAC e do restabelecimento do diálogo com os anglo-católicos oficialistas da Forward in Faith, algumas idéias nos vêm à mente.

Não são simplesmente novos católicos. Não são quaisquer fiéis. São excelentes fiéis, muito bem formados, acostumados a ler a Bíblia, conhecedores da Tradição Apostólica a tal ponto que se convenceram de que, por ela, só se pode ser católico apostólico romano.

São bispos e padres acostumados a pregar doutrina sólida, não qualquer vento relativista. Com experiência missionária, com aquela gana, que ainda se mantém nas comunidades protestantes, de levar o mundo para Cristo.

Fiéis, padres e bispos que amam tanto a Cristo e a Igreja que tiveram a coragem de romper com sua comunidade protestante. E que amam, além disso, uma liturgia bem celebrada, com características medievais, dado que o antigo rito inglês de Sarum está bem enraizado em seus ofícios.

Não nos esqueçamos também que a TAC já era uma dissidência do anglicanismo oficial de Cantuária, por considerá-lo liberal. Ou seja, não vamos receber ex-anglicanos, agora católicos, relativistas, progressistas, modernistas. Pelo contrário: teremos em torno de 400 mil novos católicos plenamente ortodoxos, defensores da liturgia, que preservam batinas, casulas, sobrepelizes, incensos, latim, vernáculo bem traduzido, versus Deum, que fazem missões, que não querem manter os povos na ignorância, mas levá-los à adoração de Jesus Cristo, que são devotíssimos da Virgem Maria de Walsingham, que enfrentaram o secularismo de sua própria denominação anglicana a ponto de criarem outra, a Traditional Anglican Communion, e, por fim, se converterem ao catolicismo romano. Fiéis, padres e bispos, e suas esposas e filhos, que vivem o cristianismo dentro e fora das paredes dos templos, e que são absolutamente contra o modernismo, o aborto, o “casamento” gay, a ordenação de homossexuais e de mulheres.

Recebemos não apenas 400 mil almas, mas 400 mil grandes soldados dispostos a lutar por Cristo, 400 mil verdadeiros apóstolos da tradição, da fidelidade ao Magistério, da liturgia correta, da ortodoxia, inimigos do relativismo, do secularismo, do laicismo. Bem próprio do pontificado de Bento XVI.

Com tantos católicos de meia-tijela, que querem fazer uma religião a seu próprio gosto, ou, como se disse do presidente Lula, “católicos à sua maneira”, não podemos senão nos regozijar com essa benfazeja notícia.

Uma lufada de ar fresco!
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Agora a nota de um Arcebispo anglicano.
Arcebispo anglicano: nossas orações foram ouvidas
Boa acolhida do oferecimento, por parte do Papa, dos ordinariatos pessoais
BLACKWOOD, quarta-feira, 21 de outubro de 2009 (ZENIT.org).- As orações dos anglicanos que desejavam entrar em plena comunhão com a Igreja Católica foram mais que respondidas.
Foi o que assinalou ontem o primaz da Comunhão Anglicana Tradicional, o arcebispo John Hepworth (Blackwood, Austrália), em um comunicado de resposta ao anúncio do Vaticano de que Bento XVI permitirá que anglicanos entrem em plena comunhão com a Igreja Católica preservando elementos da tradição espiritual e litúrgica anglicana.
Esta política se estabeleceu em uma constituição apostólica que será apresentada em breve, e responde os pedidos dos anglicanos que expressaram seu desejo de aderir à Igreja Católica, especialmente porque a tradição anglicana continua avançando para a abertura de seu sacerdócio e seu episcopado às mulheres e às pessoas que mantêm relações homossexuais, e para a benção das uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Entre vinte e trinta bispos anglicanos formularam este pedido.
A constituição apostólica foi anunciada em uma coletiva de imprensa no Vaticano nesta terça-feira, oferecida pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal William Levada.
Dom Hepworth afirmou que a Comunhão Tradicional Anglicana está “profundamente comovida pela generosidade do Santo Padre, o Papa Bento XVI”.
Dedicado à unidade
“Ele oferece nesta constituição apostólica os meios para que antigos anglicanos entrem em plena comunhão com a Igreja Católica” –explicou Hepworth. Ele espera que nós possamos ‘encontrar nesta estrutura canônica a oportunidade de preservar essas tradições anglicanas preciosas para nós e compatíveis com a fé católica”.
“Ele afirma então com afeto: ‘estamos contentes de que esses homens e mulheres tragam consigo suas particulares contribuições a nossa vida de fé comum”, aprecia o prelado.
“Primeiro queria dizer que este é um ato de grande bondade por parte do Santo Padre – continuou. Ele tem dedicado seu pontificado à causa da unidade”.
“Isto é mais do que corresponde ao que, em sonhos, nos atrevíamos a incluir em nosso pedido há dois anos – acrescentou. É mais do que corresponde a nossas orações”.
“Nestes dois anos, fomos muito conscientes das orações de nossos amigos da Igreja Católica – afirmou Dom Hepworth. Talvez em suas orações se atreveram a pedir inclusive mais que nós”.
O arcebispo disse que tomaria a oferta do Santo Padre para cada um dos sínodos nacionais da Comunhão Anglicana Tradicional.
A Santa Sé nos desafia a buscar, nas estruturas específicas que estão agora disponíveis, a “unidade plena, visível, especialmente a comunhão eucarística”, pela qual rezamos e sobre a qual sonhamos durante muito tempo. Este processo começará em seguida, afirmou.
Destacando que o Ofício anglicano de Laudes inclui o hino de agradecimento Te Deum, Dom Hepworth acrescentou: “o hino está hoje em nossos lábios com sincero agradecimento a Deus Todo Poderoso, o Senhor e a fonte de toda paz e unidade”.
“Este é um momento de graças, talvez inclusive um momento histórico – afirmou –, não porque o passado tenha se apagado, mas porque se transformou”.
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De Portugal, uma cartinha…

Escrevo-lhe a propósito do seu artigo sobre o retorno dos anglicanos à Igreja Católica, para dizer que não é a primeira vez que isto acontece.
Esta semana morreu, em Portugal, o único padre católico casado e com três filhos, aos oitenta e seis anos. Isto porque, tendo sido católica, a sua família optou pela Igreja Protestante, quando se encontrava emigrada na América Latina. Tendo retornado a Portugal, este pastor casado e com filhos, sentiu o desejo de voltar à antiga fé, o que lhe foi concedido, ainda por Paulo VI.
Só para dizer que a Igreja não abre nenhum precedente, visto já ter acontecido no passado e talvez mais vezes do que pensamos.
E são todos benvindos os que vierem por bem e que respeitem a Doutrina da Igreja Católica. Que o Senhor esteja convosco. Um abraço.

fonte: www.recadosaarao.com.br

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