Blair será o primeiro presidente do Império Romano?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Depois do "sim" da Irlanda ao Tratado de Lisboa, muitos britânicos veem o ex-primeiro ministro Tony Blair como o candidato favorito para se tornar o primeiro presidente da União Europeia. Mas sua nomeação está longe de ser certa. Há dúvidas profundas em toda a UE quanto a entregar seu cargo mais alto para o velho amigo de George W. Bush.
"Um fantasma ronda a Europa", escreveu o prefeito de Londres, Boris Johnson, em sua coluna no "Daily Telegraph" nesta semana. Mas o texto logo interrompeu a citação ao "Manifesto Comunista". "O fantasma tem um famoso sorriso dentuço" e "um dom quase diabólico de se reinventar politicamente".
Johnson, é claro, estava se referindo a Tony Blair, primeiro-ministro britânico de 1997 a 2007 e inimigo favorito dos conservadores britânicos.
O eleitorado, escreveu Johnson, pensou que havia "finalmente se livrado do cara", apenas para vê-lo retornar como um "tipo de euroimperador" a bordo do "Blair Force One Jumbo Jet".
A maior parte dos veículos da imprensa britânica, quer gostem ou odeiem a ideia, veem como uma conclusão inevitável que Tony Blair se torne o primeiro presidente da União Europeia, uma posição estabelecida pelo Tratado de Lisboa, que deve em breve se livrar dos últimos obstáculos para sua ratificação. "Tony poderá ser nomeado no final de outubro", disse o tablóide "Sun" na semana passada, citando uma fonte anônima do governo. O "Observer" também se referiu a Blair como o "claro favorito".
Blair, de 56 anos, ainda precisa anunciar sua candidatura ao cargo. De fato, ele provavelmente não o fará até que esteja confiante de que será escolhido. Ainda assim, o governo Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown lançou seu apoio a Blair. O ex-primeiro-ministro seria uma "excelente escolha", disse o secretário de Exterior David Miliband. Em Bruxelas seu nome também tem sido discutido.
Obstáculos importantes
Ainda assim, apesar do movimento que o anúncio de sua candidatura já gerou, nem todos estão satisfeitos com a perspectiva Blair se tornar presidente - nem no continente, nem na própria Grã-Bretanha.
Primeiro, porque Blair vem de um dos maiores países da União Europeia, um fato que não o torna atraente para os pequenos Estados membros da UE. Quando o cargo foi criado, disse o primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker ao "Financial Times Deutschland", havia "uma compreensão informal de que o primeiro presidente da UE não poderia vir de um dos grandes países".
Além disso, conforme gostam de ressaltar os entusiastas da UE, Blair vem de um dos países mais céticos em relação a UE entre os 27 membros do clube. A Grã-Bretanha não é nem mesmo integrante da eurozona de moeda unificada, nem faz parte do Acordo de Shengen que garante o deslocamento sem fronteiras na maior parte da Europa. Além disso, Blair lutou com unhas e dentes para manter o British Rebate, uma fração do orçamento da UE que é paga anualmente para o Reino Unido porque o país se beneficia relativamente pouco com os subsídios agrícolas da UE. Juncker argumentou que o presidente da UE precisa de um "perfil mais europeu". É um argumento que tem seguidores também na Alemanha.
Por fim, Blair perdeu credibilidade diante dos olhos de muitos europeus ao oferecer seu apoio, e suas tropas, à invasão norte-americana no Iraque. Alguém que manipulou o público em relação à existência de armas de destruição em massa no Iraque não deveria poder falar pela UE, disse um diplomata alemão, que pediu para não ser identificado.
Logo após a Irlanda ter aprovado o Tratado de Lisboa no referendo da última sexta-feira, os rumores circularam mais rápido do que nunca. O "Sun" prevê que Blair assuma o cargo por dois mandatos e já calculou o salário do futuro presidente. O jornal também informou que a mulher de Blair, Cherie, já foi apelidada de "Cherie Antoinette" em Bruxelas.Mas fora os governos britânico e irlandês, nenhum outro Estado-membro da UE apoiou Blair abertamente. Há rumores de que o presidente francês Nicolas Sarkozy o apoie, e ele deu vários sinais positivos durante os últimos anos.
Mas neste verão também foi dito que Srakozy, na verdade, preferiria Felipe Gonzalez, o ex-primeiro-ministro espanhol.
A mídia britânica pinta a chanceler Angela Merkel como a principal oponente a uma eventual presidência de Blair - uma opinião que espantou Berlim. Merkel, dizem funcionários do governo, não dificultaria o caminho de Blair se ele se tornasse o candidato de consenso. Outros, entretanto, sugeriram que o presidente da UE deveria ser selecionado entre os chefes de Estado atualmente ativos. Um rumor persistente diz que Merkel prefere Jan-Peter Balkenende, o primeiro-ministro da Holanda, a Blair. Ele vem de um pequeno país e de um dos primeiros Estados-membro da UE - e não incomoda o fato de ele ser, assim como Merkel, um conservador.
Dezembro é tempo de decisão
Oficialmente, o cargo ainda não se tornou tema de negociação - primeiro, o tratado precisa ser ratificado pela Polônia e pela República Tcheca. O presidente polonês Lech Kaczynski deve assiná-lo nos próximos dias. O presidente tcheco Vaclav Klaus, por sua vez, deve esperar mais algumas semanas por conta de uma decisão pendente no tribunal e sua própria antipatia à UE.
Assim, parece pouco provável que um candidato seja selecionado antes da próxima reunião da UE em Bruxelas no final do mês. O primeiro-ministro sueco Frederik Reinfeldt, atual presidente rotativo da EU, acredita que não haverá nenhuma decisão até dezembro.
O maior trunfo de Balir é que ele é uma estrela no cenário mundial. Outros, como Balkenende, Gonzalez ou o ex-primeiro-ministro finlandês Paavo Lipponen, correriam o risco de serem vistos como pesos-leve - já Blair nunca pareceria fora de lugar perto do presidente Barack Obama e do primeiro-ministro russo Vladimir Putin.
A questão continua sendo se Blair pode se livrar de sua imagem de "poodle de Bush". Mesmo os britânicos não parecem muito entusiasmados com a perspectiva de ter seu ex-primeiro-ministro de volta em cena. De acordo com uma pesquisa recente publicada pelo "The Times", 53% dos entrevistados não queriam que Blair se tornasse presidente da UE, enquanto outros 43% eram a favor.
Questionados se a presidência de Blair na UE seria vantajosa para os britânicos, 30% votaram sim. Vinte por cento disseram que ela não seria boa. O maior grupo (49%), entretanto, acreditava que não faria nenhuma diferença.
Os conservadores, que de acordo com pesquisas recentes devem ganhar as eleições gerais britânicas no ano que vem, estão particularmente preocupados. Eles consideram terrível a perspectiva de que David Cameron, enquanto novo primeiro-ministro conservador, tenha que dividir o palco europeu com o ex-garoto dourado do Partido Trabalhista. "Blair sempre parece estar no bote salva vidas quando o barco afunda", lamentou o colunista conservador do "Times" William Rees-Mogg.
Mas Boris Johnson, que trabalhou como jornalista em Bruxelas e, portanto, conhece bem os mecanismos da UE, deu esperança a seus aliados de partido. Ele apostou cinco libras (R$ 14) que Blair não se tornará presidente da UE. Ele escreveu que a UE preferiria o "socialista relativamente inofensivo de Luxemburgo ou o ultrapassado ministro do meio-ambiente finlandês".
Mais do Mesmo:
Por novo Executivo, UE pressiona tchecos sobre tratado
Bruxelas, 7 out (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia (órgão Executivo da União Europeia) disse nesta quarta-feira esperar que haja uma clarificação sobre o processo de ratificação do Tratado de Lisboa pela República Tcheca até final de outubro, para poder avançar na formação do novo executivo comunitário.
"Espero que no final do mês tenhamos uma ideia mais clara, para que eu possa nomear uma nova Comissão e distribuir as pastas o mais rapidamente possível. Eu estou pronto", declarou José Manuel Durão Barroso, reconduzido no cargo há menos de um mês.
O presidente da Comissão Europeia falava numa conferência de imprensa em Bruxelas, após uma reunião que juntou, na capital belga, os líderes das instituições europeias - os presidentes da Comissão, do Parlamento Europeu (Jerzy Buzek) e do Conselho (o primeiro-ministro sueco Fredrik Reinfeldt) - e, desde Praga, por vídeo-conferência, o primeiro-ministro tcheco, Jan Fischer.
O objetivo da reunião foi abordar o processo de ratificação do tratado na sequência da recente vitória do "sim" no referendo irlandês, que deixou a República Tcheca e a Polônia como os dois únicos Estados-membros que ainda não completaram o processo.
O presidente polonês, Lech Kaczynski, deverá assinar o tratado ainda esta semana.
"Nunca tive dúvidas sobre isso. O presidente Kaczynski prometeu-mo há vários meses", disse hoje Durão Barroso.
O eurocético presidente tcheco, Vaclac Klaus, continua a parecer reticente e aguarda por uma decisão do Tribunal Constitucional tcheco, novamente chamado a pronunciar-se sobre a constitucionalidade do tratado, a pedido de um grupo de senadores eurocéticos.
"Obviamente que respeitamos plenamente a ordem constitucional na República Tcheca e por isso temos de esperar que o processo constitucional seja completado. Mas, uma vez que tal esteja feito, não vemos razões para mais atrasos", comentou Durão Barroso.
Na conferência de imprensa conjunta, o presidente em exercício do Conselho da União Europeia, Reinfeldt, afirmou-se "tão desejoso" quanto Durão Barroso de que o processo seja concluído para poder iniciar consultas com os Estados-membros com vista à nomeação das personalidades que ocuparão os postos da nova "moldura" comunitária, como o futuro presidente do Conselho. Considerou também serem necessárias mais clarificações e esclarecimentos.
Reinfeldt esclareceu depois que avançará com as consultas assim que o Tribunal Constitucional tcheco se pronunciar, considerando que não é necessário aguardar pela assinatura de Klaus, já que uma deliberação do tribunal a indicar que o Tratado de Lisboa não viola a Constituição tcheca indicará que o processo de ratificação estará à beira de ser concluído.
A presidência sueca reiterou o desejo de que o tratado entre em vigor até final do seu "semestre", ou seja, até final do ano. Por sua vez, o chefe de governo tcheco afirmou-se
"absolutamente convencido" de que, depois de o Tribunal Constitucional se pronunciar, o presidente Klaus assinará o tratado e defendeu que "não há razão para ansiedade na Europa".
"Na República Tcheca a questão não é sim ou não. É quando", disse Fischer.
Fonte:UOL
O PRÍNCIPE QUE HÁ DE VIR
"Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo. E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas sem mão será quebrado."
"E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas em seu lugar honrará a um deus das forças; e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e com prata, e com pedras preciosas, e com coisas agradáveis. Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço. E, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará. E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom. E estenderá a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapará. E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão. Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra."
"E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Apocalipse 13:7,8).

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