O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez nesta terça-feira a mais forte advertência de um líder internacional sobre os perigos do aquecimento global e os riscos de fracassar no seu combate.
Discursando em uma reunião de meio ambiente nas redondezas da capital da Coreia do Sul, Seul, Ban disse que, se não forem tomadas medidas rápidas, as mudanças climáticas podem provocar violência e tumultos generalizados em todo o mundo.
Ele alertou também para "sofrimento humano incalculável e consequências catastróficas para o planeta" se os líderes mundiais não conseguirem chegar a um acordo para diminuir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, na reunião da ONU sobre mudanças climáticas em dezembro, em Copenhague.
O alerta foi dado no dia seguinte ao início de uma reunião entre representantes de cerca de 190 países, que se reúnem na cidade de Bonn, na Alemanha, até a sexta-feira para preparar o encontro da Dinamarca.
Os negociadores tentam superar os impasses que existem para que se chegue a um tratado para substituir o Protocolo de Kyoto - que fixou metas para redução das emissões de gases - a partir de 2012.
As metas apresentadas pelos ricos são consideradas insatisfatórias pelo bloco dos países em desenvolvimento. Por outro lado, China e Índia se recusam a adotar qualquer tipo de meta de emissões, sob o argumento de que poderiam atrapalhar o desenvolvimento.
Obstáculos
Além disso, o apoio financeiro à adaptação de alguns países pobres – os mais fortemente atingidos pelas mudanças climáticas – para reduzir a dependência de combustíveis fósseis nas suas economias também está longe de ser um consenso.
O problema não são as altas cifras necessárias - nisso todos concordam -, mas a fonte dessa verba milionária.
Em Bonn, os representantes vão tentar reduzir a versão atual do pré-acordo, com cerca de 200 páginas. Antes da reunião de Kyoto, na qual ficou acertado o atual protocolo sobre emissões, o grupo trabalhava com apenas 30 páginas.
Na segunda-feira, o representante máximo da ONU para mudanças climáticas, Yvo de Boer, destacou que "o tempo está se esgotando".
"O desafio desta sessão é reduzir o texto. Temos muito chão para percorrer", disse Boer, que recentemente afirmou que os países ricos devem estar prontos para "colocar na mesa" em Copenhague pelo menos US$ 10 bilhões.
Boer, que ocupa o cargo de secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança Climática (UNFCCC, na sigla em inglês), vem insistindo que o custo de combater o aquecimento global precisa ser dividido, e que o dinheiro deve ser usado para ajudar países em desenvolvimento.
Além disso, o secretário sustenta que os principais países também devem estar dispostos a assinar um acordo com metas para redução de emissões de gases.
Em seu relatório de 2007, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) recomendou reduções de 25% a 40% nas emissões até 2020, para manter o aquecimento global dentro dos limites considerados aceitáveis pelos cientistas.
Ele alertou também para "sofrimento humano incalculável e consequências catastróficas para o planeta" se os líderes mundiais não conseguirem chegar a um acordo para diminuir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, na reunião da ONU sobre mudanças climáticas em dezembro, em Copenhague.
O alerta foi dado no dia seguinte ao início de uma reunião entre representantes de cerca de 190 países, que se reúnem na cidade de Bonn, na Alemanha, até a sexta-feira para preparar o encontro da Dinamarca.
Os negociadores tentam superar os impasses que existem para que se chegue a um tratado para substituir o Protocolo de Kyoto - que fixou metas para redução das emissões de gases - a partir de 2012.
As metas apresentadas pelos ricos são consideradas insatisfatórias pelo bloco dos países em desenvolvimento. Por outro lado, China e Índia se recusam a adotar qualquer tipo de meta de emissões, sob o argumento de que poderiam atrapalhar o desenvolvimento.
Obstáculos
Além disso, o apoio financeiro à adaptação de alguns países pobres – os mais fortemente atingidos pelas mudanças climáticas – para reduzir a dependência de combustíveis fósseis nas suas economias também está longe de ser um consenso.
O problema não são as altas cifras necessárias - nisso todos concordam -, mas a fonte dessa verba milionária.
Em Bonn, os representantes vão tentar reduzir a versão atual do pré-acordo, com cerca de 200 páginas. Antes da reunião de Kyoto, na qual ficou acertado o atual protocolo sobre emissões, o grupo trabalhava com apenas 30 páginas.
Na segunda-feira, o representante máximo da ONU para mudanças climáticas, Yvo de Boer, destacou que "o tempo está se esgotando".
"O desafio desta sessão é reduzir o texto. Temos muito chão para percorrer", disse Boer, que recentemente afirmou que os países ricos devem estar prontos para "colocar na mesa" em Copenhague pelo menos US$ 10 bilhões.
Boer, que ocupa o cargo de secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança Climática (UNFCCC, na sigla em inglês), vem insistindo que o custo de combater o aquecimento global precisa ser dividido, e que o dinheiro deve ser usado para ajudar países em desenvolvimento.
Além disso, o secretário sustenta que os principais países também devem estar dispostos a assinar um acordo com metas para redução de emissões de gases.
Em seu relatório de 2007, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) recomendou reduções de 25% a 40% nas emissões até 2020, para manter o aquecimento global dentro dos limites considerados aceitáveis pelos cientistas.
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