Ataque étnico deixa mais de 160 mortos no sul do Sudão

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


Mais de 160 pessoas, a maior parte delas mulheres e crianças, morreram em um ataque étnico no Estado de Jonglei, no sul do Sudão, disse nesta segunda-feira o governador local.
Jonglei é um dos Estados mais pobres do país e está repleto de armas, herança de décadas de guerra civil. Correspondentes dizem que choques entre grupos rivais são comuns na região.
No confronto ocorrido na manhã de domingo, integrantes da etnia nuer foram atacados por homens da etnia murle, segundo o governador, Kuol Manyang.
Manyang disse que o grupo de homens, mulheres e crianças, que sofrem há tempos com falta de comida, foi pescar na manhã de domingo, protegidos por soldados, quando foram atacados.
"Cem mulheres e crianças, 50 homens e 11 soldados estão sendo enterrados nesta manhã", disse Manyang, ressaltando que mais corpos podem ser encontrados.
O governador disse que os habitantes da região permanecem famintos e pediu para que a ONU intervenha.
Darfur
O Estado de Jonglei é considerado pela ONU mais violento do que a região de Darfur, palco de um sangrento conflito no oeste sudanês.
Nos últimos meses, mais de mil pessoas morreram e milhares de outras foram obrigadas a deixar duas casas devido a conflitos étnicos em Jonglei.
O correspondente da BBC no Sudão James Copnall disse que líderes dos murle não estavam disponíveis para comentar o ocorrido.
Analistas dizem que a violência no sul do Sudão aumenta o temor de instabilidade antes das eleições gerais, em fevereiro de 2010.

Fonte BBC Brasil

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