Discurso provocou saída de delegações norte-americana e britânica do plenário
Nova York, EUA. O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, sugeriu ontem, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que os atentados de 11 de setembro de 2001 foram um "complô" dos Estados Unidos, provocando a saída imediata, do plenário da ONU, das delegações norte-americana, britânica e da União Europeia.
Ao mencionar uma das "teorias" sobre os atentados do 11 de Setembro, Ahmadinejad disse: "certos setores no governo norte-americano orquestraram o atentado para reverter a queda na economia norte-americana e no seu controle sobre o Oriente Médio, e para salvar o regime sionista". "A maior parte do povo norte-americano e outros países e políticos concordam com esse ponto de vista", declarou.
Citando uma segunda teoria, o presidente iraniano acrescentou: o atentado "foi realizado por um grupo terrorista, mas com o apoio do governo norte-americano, que tirou vantagem da situação".
A terceira teoria aventada por ele foi a de que "um grupo terrorista muito poderoso e complexo, capaz de enganar todas as camadas dos sistemas de inteligência e de segurança" (Illuminatis??) dos Estados Unidos, realizou o atentado.
Os Estados Unidos qualificaram as palavras de Ahmadinejad de "detestáveis e delirantes". "Antes de representar as aspirações e a boa vontade do povo iraniano, Ahmadinejad decidiu, novamente, tagarelar sobre teorias de complô vis e usar palavras antissemitas que são detestáveis e delirantes", destacou Mark Kornblau, porta-voz da delegação norte-americana na ONU.
O Canadá, que boicotou o discurso antes mesmo de seu início, desqualificou as declarações de Ahmadinejad. Ao tomar conhecimento da fala do presidente iraniano, o chanceler canadense, Lawrence Cannon, qualificou suas palavras de "inaceitáveis" e de "uma violação ostensiva dos padrões internacionais e do próprio espírito das Nações Unidas".
O líder iraniano costuma provocar as delegações dos Estados Unidos, de Israel e outras delegações em seus discursos na Assembleia Geral da ONU. No ano passado, seus comentários, considerados pela missão norte-americana de "odiosos, ofensivos e de retórica antissemita" também levaram a delegação a deixar o plenário. No discurso deste ano, Ahmadinejad voltou a dirigir comentários incendiários contra Israel. "Os sionistas cometeram os mais terríveis crimes contra povos indefesos nas guerras contra o Líbano e Gaza", disse.
Itamaraty. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, afirmou ontem na ONU que o mundo não pode correr o risco de um guerra no Irã como a iniciada pelos Estados Unidos no Iraque, e pediu que prevaleça a lógica do diálogo. "O mundo não pode correr o risco de um novo conflito como o do Iraque", disse Celso Amorim no discurso que abriu o debate anual da Assembleia Geral da ONU. "Apesar das sanções, esperamos que a lógica do diálogo e da compreensão prevaleçam".
Será que o Ahmadinejad é um louco, não sabe o que fala? Veja os videos e tire suas conclusões:
Na ONU, presidente do Irã diz que 11/9 foi farsa!!
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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