A passagem do furacão Karl pelo Estado mexicano de Veracruz deixou um milhão de pessoas desabrigadas - outras 150 mil tiveram que abandonar suas casas -, 12 mortos e danos estimados em US$ 3,9 milhões, afirmou nesta terça-feira o governador da região do Golfo do México, Fidel Herrera.
"Nunca havia se formado uma tempestade que abrangesse uma área de 365 km", afirmou Herrera em declarações ao canal de TV Televisa, destacando que os estragos de Karl equivalem aos dos "sete furacões" que atingiram Veracruz em toda a sua história. O líder local destacou que as tarefas de dragagem e bombeamento de água nas dezenas de cidades do estado que estão inundadas vão demorar, pelo menos, sete dias.
Segundo Herrera, o dano econômico na região é muito grande, mas assegurou que o estado de Veracruz, onde vivem cerca de 7,5 milhões de pessoas, "está de pé". O governador detalhou que, aproximadamente, 400 mil pessoas ficaram sem luz em Veracruz, mas que o serviço já foi quase restabelecido totalmente.
Herrera afirmou que o governo local não cobrará pelo serviço de água nas regiões afetadas e buscará fazer o mesmo com a energia elétrica. Além disso, disse que o Estado dará auxílios fiscais aos afetados. O governador celebrou o fato de que nem o porto de Veracruz, um dos mais importantes do país, nem a infraestrutura petrolífera da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) tenham sido afetados pela passagem de Karl.
O furacão deixou 12 mortos em Veracruz, dois no Estado de Puebla, um em Tabasco e um em Oaxaca. O fenômeno meteorológico foi uma tempestade tropical que, após atravessar a península de Yucatán, se transformou rapidamente em furacão sobre as águas quentes do Golfo do México.
Karl atingiu o território mexicano a cerca de 15 km de Veracruz, um importante porto comercial e turístico, mas depois perdeu força e se dissipou sobre o centro do país. A Secretaria de governo do México declarou em estado emergência 117 municípios de Veracruz, o que corresponde a 68% do território desse estado mexicano.
As chuvas que caíram no México, entre janeiro e agosto, são as maiores desde 1941, segundo a Comissão
MAIS DO MESMO
Chuvas deixam 2 milhões de desabrigados na Índia
Pelo menos 2 milhões de pessoas ficaram desabrigadas no norte da Índia depois que as fortes chuvas de monções provocaram o transbordamento do rio Ganges e outros da região, alagando lavouras, vilarejos e locais de culto religioso.
Autoridades disseram que 500 mil hectares de terras agrícolas no estado de Uttar Pradesh, principal produtor de cana de açúcar, estavam inundadas e que as fortes chuvas poderiam afetar a produção de algodão dos estados de Punjab e Haryvana.
Elas disseram que as enchentes em Uttar Pradesh são as piores dos últimos anos e que ainda estão avaliando os danos para o cultivo de cana.
Qualquer redução na produção iria reduzir o abastecimento de açúcar na Índia, o maior consumidor mundial e segundo maior produtor, o que poderia elevar os preços do produto mundialmente.
O nível das águas no rio Ganges, venerado pelos hindus, para os quais o rio lava os pecados, e em seus tributários está perto de seu recorde. Os meteorologistas preveem fortes chuvas na região nos próximos dois dias.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário