ONU ameaça cortar envio de alimento à África por falta de verba

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) pode ter de suspender dentro de algumas semanas os voos que levam agentes humanitários a alguns dos países mais pobres da África caso não receba novas doações, disse a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta sexta-feira.

O PMA se ressente neste ano das restrições orçamentárias dos países ricos num momento de crise. A agência disse que sua ponte aérea que atende trabalhadores humanitários no Chade, país em guerra na África Central, só tem dinheiro para funcionar até 15 de agosto.

O Serviço Aéreo Humanitário da ONU, operado pelo PMA, também só tem dinheiro para operar os voos para Libéria, Serra Leoa e Guiné até o final de agosto. O órgão precisa de US$ 10 milhões para manter essas operações até o final do ano.
"Esse é só um exemplo do estresse e das restrições a que estamos submetidos neste ano", disse Greg Barrow, porta-voz do PMA em Roma. "Estamos tendo de suspender alguns programas ou reduzir rações. Esses voos estão muito próximos de serem reduzidos ou mesmo suspensos completamente, a não ser que recebamos mais financiamento."

Em fevereiro, o PMA já teve de fechar o serviço aéreo para Costa do Marfim e Níger. O serviço no Níger, um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo, deve ser retomado em agosto, graças a uma doação do Fundo Comum de Auxílio Emergencial da ONU.
No Chade, seis aviões transportam em média 4.000 passageiros humanitários por mês a dez destinos. Essas pessoas prestam auxílio a 250 mil refugiados de Darfur e a 180 mil refugiados internos do leste do próprio Chade.

"Como o PMA atenderá os famintos? Como os médicos vão chegar aos seus pacientes? Como as pessoas terão água pura se os engenheiros que as ajudam a construir poços não conseguem chegar lá?", perguntou Pierre Carrasse, diretor do departamento de aviação do PMA, em nota.
Barrow disse que, se os voos forem suspensos, os trabalhadores humanitários poderão viajar por terra, apesar das longas distâncias e das estradas perigosas.
Josette Sheeran, diretora-executiva do PMA, disse na última quarta-feira (29) que a organização havia recebido promessas para apenas 3,7 bilhões de dólares dos 6,7 bilhões necessários para 2009.

Fonte: Folha Uol

Nota: Paises do primeiro mundo e os emergentes, gastaram 10 trilhões de dolares só para acalmar os mercados , socorrer montadoras, bancos, etc...
Nos ultimos meses diversas reuniões do G20 - G8 - Rodada de Doha, foram realizadas para discutirem a crise econômica mundial, e consequentemente mundos de dólar e euro foram investidos afim de solucionar a mesma.
Em contrapartida não vemos nos noticiarios, nenhuma reunião dos grandes paises ricos discutindo um mega pacote emergêncial para diminuir a fome nos paises pobres, principalmente no continente africano. O que vemos é a dificuldade de se manter ações humanitárias devido a falta de apoio dos grandes líderes mundiais.

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