Israel poderá tentar acordo de paz provisório com palestinos

terça-feira, 1 de março de 2011

Israel avalia acordo provisório de longa duração com palestinos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, trabalha com a possibilidade de propor um acordo provisório de longa duração com os palestinos, ao invés de tentar retomar as negociações de paz, indicou nesta quarta-feira a imprensa israelense.

Israel optou por não enviar delegados a Bruxelas, onde negociadores palestinos se reuniram nesta quarta-feira com representantes do Quarteto para o Oriente Médio (ONU, Estados Unidos, UE e Rússia) para tentar retomar o processo de paz.

"Os palestinos não querem estabelecer negociações sérias, por isso é preciso examinar a ideia de um acordo provisório em longo prazo", declarou uma fonte do gabinete de Netanyahu ao jornal israelense Hayom, considerado próximo a Netanyahu.

Esse plano poderá prever a criação de Estado palestino com fronteiras provisórias, enquanto se prosseguirá conversando sobre os principais pontos de um possível acordo final, afirma o Haaretz.

Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, confirmou nesta quarta-feira que um encontro foi realizado em Bruxelas a portas fechadas entre representantes do Quarteto e negociadores palestinos.


MAIS DO MESMO

Israel avalia a possibilidade de tentar um acordo de paz interino com os palestinos, disse uma autoridade israelense na terça-feira, indicando que o governo poderá abandonar os esforços para um acordo amplo e único.
A autoridade, que pediu para não ser identificada, afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poderá buscar uma "via gradual" rumo a um acordo permanente em vez de um tratado que resolva todas as questões essenciais, como o desejado pelos EUA e pelos aliados europeus.

"Obviamente, Israel preferiria (as negociações sobre) um acordo de status final, mas as recusas palestinas tornam isso difícil", afirmou a autoridade.

As negociações promovidas pelos EUA entre os dois lados foram interrompidas no ano passado depois que Netanyahu se recusou a estender um congelamento parcial nas construções das colônias judaicas da Cisjordânia ocupada.

As autoridades israelenses argumentam há muito tempo que um acordo provisório disseminado ao longo de vários anos seria mais fácil de concluir do que a negociação de um tratado único que lidasse com todas as questões difíceis e básicas, como a situação de Jerusalém.

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