Mercados globais caem com medo de desaceleração
Após dados da China e dos EUA, bolsas ficam em campo negativo. Por aqui, a Bovespa cai quase 2% e perde os 66 mil pontos.
A percepção dos investidores de que a recuperação global está se desacelerando provoca uma correção nos preços das ações em todo o mundo nesta quarta-feira. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sente essa nova rodada de aversão dos investidores pelo risco de maneira um pouco mais intensa, após novos dados confirmarem a desaceleração da atividade econômica na China. Às 14h56 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 1,98%, para 65.890 pontos.
Um dia depois de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) salientar que o ritmo da recuperação norte-americana está mais modesto que o antecipado, a China anunciou velocidade mais baixa no curso da atividade industrial, que cresceu 13,4% em julho, no menor ritmo em 11 meses. Já a inflação ao consumidor na China registrou no mês passado o maior ritmo de alta em mais de um ano e subiu 3,3%, em base anual.
Diante de um cenário de crescimento econômico diferente do projetado no início do ano, os investidores reveem suas estratégias de investimentos, o que coloca as bolsas na Europa e os índices de Nova York em baixa de mais de 1%.
O Brasil, por sua vez, continua mostrando vigor, ainda que não esteja blindado dos efeitos negativos do cenário externo.
Hoje, surpreendeu positivamente o crescimento acima do esperado das vendas do comércio varejista em junho, tanto em base mensal quanto na comparação anual. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do setor avançaram 1% em junho ante maio, superando as estimativas. Na comparação com junho do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 11,3% e também vieram melhor que o esperado.
Na temporada brasileira de balanços, os papéis da CSN devem reagir ao anúncio de que a siderúrgica registrou um crescimento de 167% no lucro líquido do segundo trimestre, em relação a igual período do ano passado, para R$ 894 milhões. As vendas da siderúrgica entre abril e junho deste ano foram 37% superiores ao do mesmo período do ano passado e 5,5% maiores que o verificado no primeiro trimestre de 2010. Apesar do resultado positivo da CSN, o setor de siderurgia vem sendo pressionado pela notícia de que fabricantes de aços planos não estão conseguindo aplicar os aumentos pretendidos junto aos distribuidores do insumo.
O mercado também deve repercutir o balanço da LLX, que registrou prejuízo de R$ 5,393 milhões no segundo trimestre deste ano, ante lucro de R$ 50,788 milhões no mesmo período do ano passado. Ainda para hoje estão previstas as apresentações dos resultados trimestrais de mais de 20 empresas, entre elas Brasil Ecodiesel, Cyrela Brazil Realty, CPFL Energia e OGX Petróleo.
Fonte:IG
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
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